A indústria de Santa Catarina está em estado de alerta após o anúncio do presidente norte-americano Donald Trump de que vai aumentar para 50% a tarifa de importação de produtos do Brasil a partir de 1º de agosto. Duas empresas, em especial, são apontadas por analistas do mercado financeiro como as mais expostas à sobretaxa dos Estados Unidos: WEG e Tupy.
De acordo com o BTG Pactual, os EUA representam cerca de 25% das vendas totais da WEG, sendo que as exportações para o país norte-americano “tornaram-se uma fonte-chave de crescimento e rentabilidade nos últimos anos”, concentradas especialmente no setor de máquinas de energia elétrica, como transformadores.
Os Estados Unidos têm uma dependência do mercado externo em relação a transformadores — 80% é importado. Com a sobretaxa, o banco avalia que “outros exportadores como Coreia do Sul, México e Índia poderão ganhar participação de mercado”, forçando a WEG a ampliar a produção na sua fábrica no México para reduzir o impacto financeiro.
A XP Investimentos também destacou a saída pelo México, mas que teria impactos na economia brasileira, notadamente de Santa Catarina. A XP avalia que aproximadamente 9% da receita com exportações vem dos envios para os EUA, o que também forçaria a empresa a reajustar os preços para compensar a tarifa de 50%. A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com a WEG, mas a empresa informou que não comentaria o assunto porque “o cenário ainda é marcado por incertezas.”
Por sua vez, a Tupy tem 13,9% das receitas provenientes das exportações para os Estados Unidos — a empresa tem fábrica em Joinville e trabalha com metalurgia para a indústria automotiva. A XP Investimentos destacou “impactos negativos” à Tupy devido à exposição aos EUA, mesmo que “em nível limitado”. A Gazeta do Povo procurou a Tupy para comentar o assunto, mas não houve retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto para manifestação da companhia.
No ano passado, Santa Catarina exportou US$ 1,74 bilhão para os Estados Unidos, sendo que mais de 70% foram provenientes do setor industrial. E só nos seis primeiros meses deste ano, foram exportados US$ 847,2 milhões para os EUA.
A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) afirmou em nota que a sobretaxa “vai prejudicar severamente” embarques para os Estados Unidos. “A implementação da tarifa anunciada nesta quarta, de 50%, compromete a competitividade dos produtos catarinenses, uma vez que países concorrentes em setores relevantes para a pauta exportadora de SC podem ser submetidos a taxas bem inferiores”, reforçou o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
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