A XP iniciou a cobertura da Automob (AMOB3) nesta quarta-feira (1º) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 17,10 por ação até o final de 2026. Esse valor representa um potencial de valorização de 32% em relação à cotação atual, que está em R$ 12,98.
Em relatório, os analistas da corretora destacam que a companhia, controlada pela Simpar (SIMH3), é atualmente a maior rede de concessionárias do país, reunindo atributos que a colocam em uma posição diferenciada em um setor em processo de consolidação.
Segundo a XP, a avaliação da Automob é considerada atrativa, pois a ação está sendo negociada a um múltiplo de 4 vezes o valor da firma sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EV/EBITDA).
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Esse múltiplo, conforme a corretora, é inferior ao de concorrentes globais, que gira em torno de 10 vezes, e também ao registrado em transações recentes de fusões e aquisições no Brasil, que é de aproximadamente 4,5 vezes. Para a XP, essa comparação sugere que há espaço para valorização, especialmente em um mercado altamente pulverizado.
Projeções
Atualmente, a Automob conta com 196 lojas em 12 estados e representa 37 marcas, entre veículos leves e pesados. De acordo com as projeções da XP, a companhia deve focar na execução de seu plano de longo prazo, que prevê:
- Maior participação das vendas de seminovos em relação aos veículos novos;
- Aumento da rentabilidade por loja, com serviços agregados;
- Integração total dos negócios adquiridos para capturar eficiência operacional;
- Redução de estoques para reforçar a estrutura de capital.
No relatório, a corretora também analisa o ambiente dos dois segmentos em que a Automob atua. No mercado de veículos leves, há uma demanda crescente por seminovos, impulsionada por mudanças regulatórias e restrições de crédito que limitam a compra de carros novos.
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No mercado de veículos pesados, o Brasil possui a quarta maior frota de caminhões do mundo, responsável por cerca de 60% do transporte de carga, porém envelhecida, o que deve estimular a substituição.
Em relação às máquinas de linha amarela e verde, voltadas à construção e ao agronegócio, a XP aponta que a tendência é de continuidade dos investimentos, mesmo que, no curto prazo, produtores rurais enfrentem limitações financeiras.
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