Notícias em alta
Categorias
Fique conectado
Notícias em alta
Ao utilizar nosso site, você concorda com o uso de nossos cookies.

Notícias

WEG vai virar? Analistas apontam motivos de otimismo após Investor Day
Economia

WEG vai virar? Analistas apontam motivos de otimismo após Investor Day 

A WEG (WEG3) enfrenta um ano difícil, com a ação perdendo mais de 30% até aqui em meio à pressão das tarifas sobre metais, e do rebaixamento de recomendações de compra pelo Citi. Mas alguns analistas vêm se mostrando mais animados com o negócio, e pintam um cenário de mudança no horizonte.

A flexibilidade operacional, presença global, aposta em inovação, além do anúncio de R$ 2,2 bilhões em investimentos no segmento de transmissão e distribuição (T&D) e a mudança de produtos isolados para soluções completas com serviços que aumentam a receita por projeto, foram os principais destaques na visão de analistas que participaram do Investor Day da companhia realizado na sexta-feira (3).

Para a XP Investimentos, a flexibilidade operacional e a presença global da WEG ajudam a enfrentar momentos de instabilidade, enquanto a inovação continua sendo a base para ampliar o portfólio, com o crescimento orgânico no centro da estratégia. A XP também espera que a integração com o recém-adquirido negócio de motores aumente a produção de alternadores e geradores industriais usados em setores como mineração, petróleo, gás e manufatura.

LISTA GRATUITA

10 small caps para investir

A lista de ações de setores promissores da Bolsa

“Embora vejamos potencial limitado de valorização no curto prazo para WEGE3, diante da desaceleração do crescimento dos lucros, há uma visibilidade mais clara sobre os vetores de crescimento estrutural, com expectativa de aceleração dos resultados à medida que os investimentos atuais ganhem tração, provavelmente a partir de 2027″, escrevem os analistas.

Crescimento mais lento

O consenso dos analistas é de que a WEG poderá até entregar algum crescimento em 2026, mas o ritmo só irá melhorar no ano seguinte. A empresa não apresentou projeções formais, mas reafirmou a meta de manter margens e retorno sobre o capital investido (Roic) acima da média do mercado, com crescimento do lucro por ação (EPS) e investimentos altos.

“O curto prazo não parece particularmente atraente. O ritmo de crescimento das receitas nos principais negócios da WEG desacelerou, a valorização do real tem pesado sobre os resultados reportados e as tarifas estão forçando uma realocação acelerada da produção, o que deve concentrar custos, principalmente no quarto trimestre de 2025”, afirmam os analistas do Itaú BBA.

Continua depois da publicidade

A XP aponta desaceleração das receitas nos segmentos de geração eólica e solar, pressão do real valorizado e custos extras causados pela realocação da produção devido ao tarifaço promovido pelo governo norte-americano de Donald Trump. Para 2027, a expectativa recai sobre investimentos em projetos maiores e mais complexos.

Outro catalisador dever os investimentos industriais como os US$ 62 milhões na China para motores de alta tensão, R$ 1,1 bilhão em Santa Catarina para condensadores síncronos e R$ 2,2 bilhões desde 2023 para dobrar a capacidade de transformadores em T&D.

O Itaú BBA vê oportunidades em mobilidade elétrica, micro e nanorredes e soluções de energia distribuída, que geram, armazenam e distribuem energia localmente, reduzindo a dependência da rede principal.

Continua depois da publicidade

Já o Bradesco BBI ressalta os condensadores síncronos e os Bess, ligados a leilões previstos, além da maior procura por motores elétricos (powertrains), baterias e infraestrutura de recarga para ônibus elétricos entre os produtos com potencial para gerar novas receitas.

Recomendação para ações WEGE3

O Goldman Sachs mantém recomendação de venda (Sell) para as ações da WEGE3, citando desaceleração do crescimento da receita líquida, aumento das incertezas macroeconômicas e limitação no crescimento do segmento de Geração, Transmissão e Distribuição (GTD).

O banco definiu preço-alvo de R$ 38,60 para os próximos 12 meses, com base em um P/L (preço sobre lucro) projetado de 22 vezes, apontando riscos como crescimento econômico acima do esperado, queda nas taxas de juros, variação cambial e redução nos preços das commodities metálicas.

Continua depois da publicidade

A XP Investimentos e o Bradesco BBI adotam visão neutra, com preço-alvo de R$ 44, frente ao preço atual de R$ 36,13, estimando potencial de alta de cerca de 22%. Para ambos, a WEG mantém fundamentos interessantes, mas o crescimento imediato dos lucros deve ser contido. O Itaú BBA projeta preço-alvo mais elevado, de R$ 46 até o final de 2026.

Postagens relacionadas