O chanceler da Venezuela, Yván Gil Pinto, agradeceu à ONU na tarde desta sexta-feira (31) por ter condenado os ataques que os Estados Unidos têm realizado contra embarcações que alegam serem do narcotráfico no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico.
Mais cedo, o alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk, havia afirmado que “estes ataques, e seu crescente custo humano, são inaceitáveis”. “Os Estados Unidos devem pôr fim a eles”, acrescentou.
“Em nome do presidente Nicolás Maduro, a Venezuela saúda o fato de este fórum ter assumido a responsabilidade de rechaçar essa escalada belicista e essas agressões injustificadas, bem como a violação do direito internacional e as execuções extrajudiciais, conforme reconhecido por especialistas da ONU”, escreveu Gil no Telegram.
“A Venezuela continuará a instar todo o sistema das Nações Unidas a utilizar todas as capacidades que lhe foram confiadas pelos povos do mundo para defender a paz e a soberania de todas as nações, especialmente em relação ao decreto da ‘Zona de Paz’ para a região do Caribe, declarado em 2014 pela Celac [Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos]”, disse o chanceler.
No começo de setembro, os Estados Unidos iniciaram uma série de bombardeios contra embarcações que alegam serem ligadas ao narcotráfico. A princípio, tais ataques se concentraram no Mar do Caribe, perto da Venezuela, o que levou a ditadura de Nicolás Maduro a afirmar que a operação é uma desculpa para tirá-lo do poder.
Porém, nos últimos dias, as ações também começaram a ocorrer no Oceano Pacífico, perto da Colômbia. Nas duas regiões, já são 14 ataques, que deixaram 61 mortos – três pessoas sobreviveram.
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