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Venezuela diz que exercícios dos EUA visam “bandeira falsa”
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Venezuela diz que exercícios dos EUA visam “bandeira falsa” 

A chegada do contratorpedeiro americano USS Gravely a Trinidad e Tobago no domingo (26), para exercícios militares junto das forças armadas locais, está gerando uma forte reação na vizinha Venezuela.

A embarcação é um dos navios de guerra que foram enviados pelos Estados Unidos para o Mar do Caribe no final de agosto, para uma operação de combate ao narcotráfico que já resultou em ataques a várias embarcações, mas que o chavismo considera uma desculpa para derrubar o ditador venezuelano, Nicolás Maduro.

Agora, o contratorpedeiro foi direcionado para Trinidad e Tobago para exercícios militares que devem ser realizados até quinta-feira (30).

“A Venezuela informou claramente o governo de Trinidad e Tobago sobre a operação de falsa bandeira liderada pela CIA: atacar um navio militar americano estacionado na ilha e, em seguida, culpar a Venezuela para justificar uma agressão contra o nosso país”, escreveu no Telegram o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto.

O termo bandeira falsa designa um ataque realizado com o objetivo de atribuir culpa a um inimigo.

“A Venezuela não cairá em provocações, mas que ninguém se engane: defenderemos nossa soberania sem hesitação. A primeira-ministra Kamla Persad-Bissessar deve assumir sua responsabilidade perante o Caribe e a história: ou ela se posiciona ao lado da paz ou se deixa levar pela agenda da CIA”, acrescentou o chanceler.

A vice-presidente executiva e ministra de Hidrocarbonetos da Venezuela, Delcy Rodríguez, anunciou nesta segunda-feira que proporá a Maduro a suspensão de todos os acordos sobre gás com Trinidad e Tobago.

“Tanto o ministério quanto a operadora PDVSA decidiram propor ao presidente Nicolás Maduro a denúncia imediata do acordo-quadro de cooperação energética entre Trinidad e Tobago e Venezuela, que foi assinado em 2015, com vigência de dez anos, renovado automaticamente em fevereiro deste ano por mais cinco anos”, declarou Rodríguez no canal estatal VTV, ao término de uma reunião do ministério.

A vice-presidente disse que o acordo em matéria energética abrange campos conjuntos de gás para o desenvolvimento de infraestruturas, assim como a execução de projetos em hidrocarbonetos.

“A nova primeira-ministra deste país decidiu se alinhar à agenda belicista dos EUA para atacar um povo irmão do Caribe, para atacar a Venezuela, para atacar a Colômbia, para atacar a América do Sul”, acrescentou.

O Ministério das Relações Exteriores de Trinidad e Tobago negou as acusações do chavismo.

“O governo de Trinidad e Tobago afirmou, em repetidas ocasiões, que valoriza a relação do país com a Venezuela, tanto por sua história comum quanto por sua relação tão próxima e fraternal”, afirmou a pasta em comunicado.

Na mesma nota, o ministério reiterou que o verdadeiro objetivo da presença militar americana em seu território é apoiar a luta contra o crime transnacional, enfatizar a colaboração humanitária e a cooperação em matéria de segurança na região.

Além do contratorpedeiro, espera-se a chegada da Unidade Expedicionária 22 do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA a Trinidad e Tobago, localizada muito perto da Venezuela.

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