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Vale (VALE3) tem fortes dados de produção e mostra rumo para ano forte; veja análises
Economia

Vale (VALE3) tem fortes dados de produção e mostra rumo para ano forte; veja análises 

A mineradora Vale (VALE3) reportou produção de 94 milhões de toneladas (Mt) de minério de ferro no 3º trimestre de 2025, o maior volume desde 2018, superando em 5% o consenso de mercado. As vendas ficaram em linha, refletindo um acúmulo de estoques de 4,5 milhões de toneladas, movimento sazonal após o forte aumento sequencial da produção. Às 10h07 (horário de Brasília), os ativos VALE3 subiam cerca de 1%, também com o avanço dos preços do minério de ferro na sessão.

O Bradesco BBI classificou os resultados operacionais como sólidos, impulsionados pela produção recorde em S11D e pelo ramp-up contínuo de projetos-chave. Apesar dos desafios em Serra Norte, o desempenho geral sustenta a estimativa do BBI de EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 4,2 bilhões, com divulgação prevista para 30 de outubro.

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A XP Investimentos vê os números sólidos como um reforço à flexibilidade do portfólio da Vale, com prêmios mais elevados refletindo a mudança estratégica da empresa para aumentar a produção de produtos de baixa alumina, incluindo BRBF, minério de teor médio de Carajás e IOCJ, o que contribuiu para a alta nos prêmios do minério de ferro.

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Embora a mineradora deva se beneficiar de um ambiente de preços mais favorável, a XP espera que a flexibilidade do portfólio ajude a companhia a navegar por diferentes condições de mercado, ajustando a composição de seus produtos, como teor de sílica e alumina, para atender à demanda, e que melhorias contínuas nas operações de cobre permitam capitalizar o aumento dos preços de referência.

Para a Ativa Investimentos, os números comprovaram o acerto na estratégia da Vale, uma vez que a mineradora apresentou volumes de embarque e preços realizados de minério de ferro acima do esperado, o que deve se traduzir em um ajuste positivo nas estimativas de receita líquida, EBITDA e lucro líquido do trimestre.

Na mesma direção, o Goldman Sachs avalia que a estratégia comercial e produtiva altamente adaptável da mineradora, com destaque para o aumento do fornecimento de pellet feed para a China e o crescimento das vendas de BRFB (Brazil Feeder Blend) em detrimento das de IOCJ (Iron Ore Carajás Juína), refletiu uma maior demanda por minérios de teor médio/padrão, em um cenário de prêmios de qualidade mais fracos.

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Como resultado, os prêmios consolidados (incluindo pelotas) subiram US$ 1 por tonelada trimestre contra trimestre, apesar da queda nos prêmios de pelotas e da estabilidade no teor de ferro.

O JPMorgan considera os números de produção sólidos, à medida que a Vale continua construindo um novo histórico de consistência operacional, o que é positivo. Segundo o banco, a consistência nos números vem ganhando força e evidencia que a equipe de gestão da Vale tem maior controle sobre as operações, algo que os investidores valorizam.

Já BBA destaca que o prêmio de finos melhorou significativamente, retornando a território positivo, o que evidencia a estratégia de mercado bem-sucedida da Vale de otimizar seu mix de vendas e reduzir a disponibilidade de produtos de baixa qualidade, diminuindo assim o desconto de mercado aplicado a esses produtos.

Em metais básicos, tanto o cobre quanto o níquel registraram um trimestre positivo em vendas, com volumes subindo 19,7% e 5,4% ano a ano, respectivamente. Os preços realizados do cobre também aumentaram 7,0% ano a ano, ficando 5,1% acima da estimativa do JPMorgan. De maneira geral, o banco espera uma reação positiva do mercado aos números reportados.

O Goldman Sachs destaca que a produção foi forte em níquel, cerca de 16% acima das suas estimativas, impulsionada pelo reestruturação da produção da mina subterrânea de Voisey’s Bay — e ficou em linha para cobre.

No caminho certo para atingir topo do guidance

A Vale parece no caminho para atingir as metas de produção de 2025, tanto para minério de ferro quanto para metais básicos, na visão da XP Investimentos.

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O Goldman Sachs também acredita que a Vale está no caminho para atingir o topo da faixa de sua meta de produção de minério de ferro, o topo do guidance para níquel e o meio da faixa para cobre. O Goldman espera reação positiva do mercado.

Na mesma linha que XP e Goldman, o JPMorgan também acredita que a empresa provavelmente atingirá o topo de todas as suas metas de produção para o ano.

Revisões nas estimativas

O Goldman Sachs ajustou seu modelo para refletir os preços de mercado e elevou em 9% a estimativa de EBITDA do 3T25, para US$ 4,1 bilhões, sustentado pelo forte desempenho de produção e vendas, maiores preços realizados de minério de ferro e vendas mais fortes de cobre e níquel.

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A Genial Investimentos, por sua vez, comenta que os números operacionais vieram, em sua maioria, levemente acima das suas estimativas contribuindo para um incremento de EBITDA Proforma para US$ 4,3 bilhões.

A equipe do Goldman comenta que o sentimento em relação à Vale está entre os mais fortes dos últimos anos. “O otimismo decorre principalmente da comparação com outras commodities (o minério de ferro ficou para trás frente à alta do cobre e do ouro) e com pares do setor (melhor avaliação e história mais limpa de alocação de capital em relação às grandes diversificadas)”, explicam analistas.

“Embora os investidores não estejam exatamente otimistas com o minério de ferro, há uma percepção de que os preços podem permanecer resilientes no curto prazo, o que, junto à performance relativa mais fraca frente a cobre e ouro, pode incentivar alguma exposição às ações ligadas ao minério”, completam.

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O Goldma ainda pontua que entre as grandes mineradoras, a Vale negocia com yield de fluxo de caixa livre (FCFy) mais atraente que Rio Tinto e BHP, com estratégia de capital mais disciplinada, baixo risco de aquisições e melhora operacional.

Recomendações

O Bradesco BBI reiterou recomendação de compra para Vale e preço-alvo de US$ 13 por ADR, com perspectiva de continuidade no momento positivo de resultados, apoiado por preços firmes de minério de ferro, maturação de projetos e disciplina de custos. A ação negocia a 3,5 vezes o múltiplo Valor da Firma (EV)/EBITDA para 2026, abaixo da média histórica e de seus pares australianos.

O Goldman Sachs e JPMorgan mantiveram recomendação de compra e preço-alvo de US$ 14,0 por ADR. O BBA também reiterou classificação de compra e preço-alvo de US$ 13 por ADR.

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A Genial manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 70.

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