Notícias em alta
Categorias
Fique conectado
Notícias em alta
Ao utilizar nosso site, você concorda com o uso de nossos cookies.

Notícias

“Vale faz dever de casa” com bons resultados e pagamento de dividendo; VALE3 sobe 2%
Economia

“Vale faz dever de casa” com bons resultados e pagamento de dividendo; VALE3 sobe 2% 

Sem grandes surpresas, mas mostrando solidez nas operações, fazendo o dever de casa com queda de custos e pagamento de dividendos.

Foi assim que os analistas de mercado viram o resultado do segundo trimestre de 2025 (2T25) da Vale (VALE3), divulgado na noite da última quinta-feira (31). Com isso, os papéis VALE3 subiam 1,95%, a R$ 54,50, às 10h20 (horário de Brasília).

A mineradora apresentou lucro líquido de US$ 2,12 bilhões no período, queda de 24% ante o 2T24, quando houve resultados não recorrentes que elevaram os resultados da mineradora. O resultado líquido, entretanto, foi bem acima do esperado por analistas de mercado consultados pela Reuters, que previam US$1,44 bilhão.

FERRAMENTA GRATUITA

Simulador da XP

Saiba em 1 minuto quanto seu dinheiro pode render

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou US$ 3,39 bilhões entre abril e junho deste ano, queda de 15% ante o mesmo período de 2024, com impacto de uma queda dos preços do minério de ferro. O número ficou acima dos US$ 3,23 bilhões da estimativa média da Reuters e foi o destaque positivo do balanço, apontam os analistas.

Marcelo Inoue, sócio da Perfin Equities, ressalta ainda que a divisão de níquel apresentou bom desempenho, e o custo de produção de minério de ferro recuou em relação ao ano passado. Por outro lado, o resultado foi pressionado por menores preços realizados e volumes de minério.

O Ebitda ajustado da Vale ficou 8% acima da projeção do Bradesco BBI e 7% acima do consenso Bloomberg. Segundo os analistas, esse foi mais um trimestre de forte entrega operacional em todas as divisões, com os números efetivos superando as projeções principalmente por melhor desempenho de custos nas divisões de níquel e cobre.

Continua depois da publicidade

“Apesar dos resultados mais fracos em relação ao ano anterior — explicados pelos menores preços realizados do minério de ferro — notamos que a Vale registrou mais um conjunto de resultados sólidos, especialmente no lado dos custos”, reitera o banco.

Saiba mais:

Na divisão de Ferrosos, os custos caixa C1 (custo operacional da produção de minério de ferro da mina até o porto, excluindo compras de terceiros) caíram 11% em relação ao ano anterior, para US$ 22,2/tonelada (t), marcando o quarto trimestre consecutivo de redução de custos em relação ao ano anterior.

Continua depois da publicidade

No entanto, preços realizados mais baixos e volumes de vendas ligeiramente menores (apesar da maior produção) levaram o Ebitda da divisão a cair 23% em relação ao ano anterior, para US$ 3,0 bilhões.

Em relação à sua divisão de Metais Básicos, a Vale também apresentou um desempenho operacional robusto, com o Ebitda equilibrado em níquel e cobre caindo 30% em relação ao ano anterior e 60% em relação ao ano anterior, para US$ 12.396/t e US$ 1.450/t, respectivamente.

O BBI ainda destaca que, olhando para o futuro, a empresa revisou para baixo sua projeção para o cobre all-in para 2025, para US$ 1.500-2.000/t (de US$ 2.800-3.300/t).

Continua depois da publicidade

A Vale reportou ainda uma geração recorrente de fluxo de caixa livre (FCF) de US$ 1,0 bilhão (yield anualizado de 9,5%), enquanto sua dívida líquida expandida caiu 4% em relação ao trimestre anterior, para US$ 17,4 bilhões.

O banco ainda ressalta o anúncio de US$ 1,448 bilhão em juros sobre capital próprio a serem pagos em setembro de 2025, em linha com a política de dividendos mínimos da empresa, o que implica um rendimento anualizado de 7%.

O BBI projetou uma reação ligeiramente positiva do mercado a esses resultados e saudou as contínuas melhorias da empresa no desempenho operacional/de custos. “Também esperamos que a geração de fluxo de caixa livre (FCF) da empresa melhore no 2S25, com sua dívida líquida expandida tendendo a se aproximar do ponto médio da faixa-alvo de US$ 10-20 bilhões”, destacaram os analistas, reforçando recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra).

Continua depois da publicidade

O Itaú BBA também reforça recomendação outperform para os ativos VALE3, com preço-alvo de R$ 74, com Ebitda superando em 7% a sua projeção.

O resultado acima das expectativas foi principalmente devido ao desempenho melhor do que o esperado no segmento de níquel, parcialmente explicado por uma reversão de impairment de estoques de US$ 76 milhões.

O banco também aponta como destaque o desempenho de custos na divisão de minério de ferro, com custos em caixa C1 (excluindo compras de terceiros) caindo US$ 2,7 por tonelada em relação ao ano anterior, e custos de equilíbrio entregues na China (excluindo capex de manutenção) reduzidos em US$ 5,9 por tonelada.

Continua depois da publicidade

Também com compra para VALE3 – com preço-alvo de R$ 64,50 para os ativos – a Genial Investimentos ressaltou que a Vale está fazendo o seu dever de casa. Os analistas apontaram que houve um avanço sequencial dos embarques de finos de minério de ferro, mas reportou desaceleração no comparativo anual em virtude de uma estratégia de estocagem em portos chineses.

“Essas tendências já haviam sido precificadas pelo mercado, uma vez que companhia já tinha divulgado seu relatório de produção e vendas no dia 22 de julho. O que os investidores ainda não tinham conhecimento era a dinâmica de custos”, que tiveram a quarta baixa consecutiva na base.

“Embora estivéssemos mais pessimistas que a média do mercado, a performance não só foi melhor do que esperávamos, mas também os custos vieram abaixo do consenso (-1,8% versus o consenso). Se a companhia não consegue controlar o macro, o dever de casa é abaixar os custos, e isso foi feito”, aponta.

O Morgan Stanley possui recomendação equalweight (exposição em linha com a média, equivalente à neutra), mas também viu os números como positivos, com destaque significativo para a queda de custos e com retorno em dinheiro aos acionistas de US$ 0,34 por ação, acima do consenso de US$ 0,26 e da estimativa do Morgan Stanley de US$ 0,32 por ação.

Postagens relacionadas

Deixe um comentário

Os campos obrigatórios estão marcados *