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UBS BB vê cenário binário sobre tarifas antidumping, mas com viés positivo para USIM5
Economia

UBS BB vê cenário binário sobre tarifas antidumping, mas com viés positivo para USIM5 

Apesar do otimismo crescente em relação à possível aprovação de medidas antidumping para importações de aço plano no Brasil, o UBS BB ainda considera o desfecho amplamente binário e dependente da vontade política. No entanto, uma decisão favorável parece uma possibilidade real atualmente — e, na visão do banco, não está precificada nas ações da Usiminas (USIM5) no nível atual.

De acordo com estimativas do UBS BB, considerando o valor de mercado implícito da Usiminas de cerca de R$ 8,5 bilhões e múltiplo justo de 3,5 a 4,0 vezes EV/EBITDA (valor da firma/lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), a ação da siderúrgica está precificando apenas uma margem de EBITDA (EBITDA sobre receita) de aço de aproximadamente 8% para 2026, o que indica em nenhuma valorização de preços decorrente das tarifas.

Se o cenário otimista se concretizar, com a empresa conseguindo implementar aumentos de preços e elevar suas margens de EBITDA de aço para a faixa de 11% a 13%, o banco projeta um potencial de valorização relevante de até 50% para a ação.

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O UBS BB ressalta que o cálculo não considera mudanças significativas em volumes ou custos, nem leva em conta os atrasos contratuais da Usiminas. Ainda assim, na opinião do banco, reforça que uma decisão favorável de antidumping parece não estar precificada atualmente.

Decisões de antidumping podem ocorrer em novembro

O UBS BB comenta que as tarifas não tem sido eficaz para limitar a crescente importação de aço desde sua implementação, uma vez que subiram 18% na base anual em 2024 e 10% no acumulado de 2025.

Durante o primeiro semestre, o governo teve a oportunidade de implementar tarifas preliminares em algumas linhas de aço plano, mas optou por não fazê-lo. Nos últimos meses, entretanto, o órgão comercial brasileiro aplicou medidas antidumping sobre chapas para latas e aço inox importado da China, o que o banco acredita ser um bom indicativo para os próximos processos finais.

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Agora, o foco está nas decisões finais de antidumping que devem ocorrer nos próximos meses:

  • CRC (aço laminado a frio) da China, que representa 40% das importações de CRC em 2025 e 25% dos embarques da Usiminas, está prevista para novembro;
  • Galvanizado (aço revestido com zinco para evitar corrosão) da China, que responde por 60% das importações desse tipo de produto em 2025 e 27% dos embarques da Usiminas, está prevista para janeiro;
  • HRC (aço laminado a quente) da China, responsável por 90% das importações de HRC em 2025 e 34% dos embarques da Usiminas, está prevista para mais à frente.

UBS BB reitera recomendação neutra para Usiminas

Mesmo com os riscos inclinados para cima para a ação, o UBS BB disse não estar confortável para elevar a recomendação do papel em um “cenário tão binário”. Com isso, o banco manteve recomendação de neutra para Usiminas, com preço-alvo de R$ 5.

“Em um cenário sem antidumping, continuaríamos a ver a indústria brasileira de aço sob forte pressão das importações, e a recuperação de margens para níveis normalizados poderia levar alguns anos”, explicam analistas.

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