A Casa Branca confirmou nesta quinta-feira (23) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá com o ditador chinês, Xi Jinping, no dia 30 de outubro, na cidade de Gyeongju, Coreia do Sul, durante a cúpula de líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC). O encontro ocorrerá no último dia da viagem de Trump pela Ásia, que inclui paradas na Malásia, Japão e Coreia do Sul.
De acordo com a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, “na manhã de quinta-feira (30), horário local, o presidente Trump participará de uma reunião bilateral com o presidente Xi, da República Popular da China, antes de voltar para casa em Washington”. Este será o primeiro encontro entre os dois desde que Trump reassumiu o poder em janeiro. Eles não se veem pessoalmente desde o G20 de 2019, em Osaka, no Japão.
A cúpula ocorre em meio a negociações comerciais entre Washington e Pequim, após a imposição de tarifas mútuas nos últimos meses. Em setembro, Trump e Xi haviam conversado por telefone e acertaram um acordo preliminar que garantiu a continuidade das operações do TikTok nos Estados Unidos. A decisão de confirmar o encontro veio depois de semanas de incerteza, quando o presidente americano chegou a afirmar que “não havia mais sentido em se reunir com Xi” após novas restrições chinesas à exportação de terras raras.
Durante a mesma coletiva, Leavitt também comentou sobre uma possível reunião entre Trump e o ditador russo, Vladimir Putin, mas ressaltou que “o presidente quer ver ações, não apenas palavras” de Moscou antes de retomar o diálogo direto. Segundo ela, “uma reunião entre os dois líderes não está completamente descartada”, mas só deve ocorrer “se houver um resultado positivo tangível” e não “uma perda de tempo para o presidente”.
Na terça-feira (21), a Casa Branca havia adiado, por tempo indeterminado, uma esperada cúpula entre os dois mandatários, que seria realizada em Budapeste, na Hungria, para discutir um cessar-fogo na guerra da Ucrânia.
“O presidente também tem expressado há muito tempo sua frustração com Vladimir Putin. Francamente, com ambos os lados nesta guerra”, afirmou Leavitt, acrescentando que Trump acredita que “para negociar um bom acordo de paz, ambas as partes devem estar interessadas em um bom acordo de paz”.
Segundo a porta-voz, o presidente americano “não viu interesse suficiente ultimamente por parte da Rússia em tomar medidas para avançar em direção à paz” e, por isso, anunciou novas sanções contra petroleiras russas.
“O presidente quer ver ações, não apenas palavras. E acredito que o presidente está extremamente motivado pelo sucesso de seu acordo de paz no Oriente Médio para alcançar resultados e quer que esta guerra chegue ao fim”, disse Leavitt.
Ela destacou ainda que as sanções anunciadas contra a Rússia nesta quarta-feira (22), que atingiram grandes petroleiras, “são bastante robustas” e citou reportagens de veículos internacionais segundo as quais a China estaria reduzindo suas compras de petróleo russo por medo de sanções secundárias. Leavitt acrescentou que Trump também conseguiu convencer parceiros europeus e a Índia a reduzirem o financiamento de Moscou por meio das importações de energia.
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