O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu à China que “quadruplique rapidamente” suas compras de soja de agricultores americanos, um dia antes do fim da trégua que o republicano estabeleceu com Pequim para negociar um novo acordo comercial.
“A China está preocupada com a escassez de soja. Nossos grandes agricultores produzem os grãos de soja mais robustos. Espero que a China quadruplique rapidamente seus pedidos de soja. Essa também é uma forma de reduzir substancialmente seu déficit comercial com os EUA”, escreveu o presidente americano em sua rede, a Truth Social no domingo (10).
Trump garantiu que “um serviço rápido será prestado” diante do aumento da demanda pelo produto.
“Obrigado, presidente Xi (Jinping)”, concluiu sua mensagem.
Os produtos agrícolas são fundamentais para a disputa comercial entre os dois países, especialmente depois que Trump intensificou a guerra comercial contra seus parceiros e elevou as tarifas sobre produtos estrangeiros a níveis nunca vistos em décadas.
O presidente dos EUA chegou ao ponto de impor tarifas de 145% sobre os produtos chineses, enquanto a China aumentou suas tarifas sobre os produtos americanos para 125%.
Em maio deste ano, ambos concordaram em Genebra em reduzir as taxas – Washington as reduziu para 30% e Pequim para 10% – e concordaram ainda com uma trégua de 90 dias, que termina na terça-feira (12).
Depois de uma primeira reunião em Genebra e de um telefonema entre Trump e Xi, os negociadores de ambos os lados se reuniram em Londres, onde a China aprovou a exportação de terras raras para os EUA, que, por sua vez, cancelou “medidas restritivas” de Pequim, como controles de exportação de chips.
Os negociadores se reuniram uma terceira vez em Estocolmo no mês passado, onde expressaram a vontade de estender o prazo para as negociações, embora esse anúncio ainda não tenha sido confirmado.
O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, disse posteriormente em uma entrevista à emissora “CBS” que os dois lados estão “trabalhando” para estender a trégua, enquanto o secretário de Comércio, Howard Lutnick, disse que outra pausa de “cerca de 90 dias” era possível.
Fique conectado