O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu indulto preventivo ao ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani e a outros acusados de tentar reverter o resultado das eleições de 2020, quando o mandatário republicano foi derrotado pelo democrata Joe Biden.
Ed Martin, advogado especializado em indultos do governo, publicou na noite de domingo (9) no X uma lista com o nome de dezenas de pessoas a quem Trump concedeu o indulto “total, incondicional e completo”.
Entre eles está Giuliani, que ganhou fama nas décadas de 1980 e 1990 na cidade de Nova York como promotor, antes de ser eleito prefeito, cargo que desempenhou durante dois mandatos (1994-2001).
Depois, foi assessor de Trump na primeira campanha presidencial do republicano, em 2016, e seu advogado pessoal a partir de 2018. Após as eleições de 2020, Giuliani alegou fraude na apuração.
Ele enfrenta atualmente acusações estaduais no Arizona por interferência eleitoral, e em 2023 foi declarado culpado de difundir informações falsas sobre funcionários eleitorais da Geórgia, o que resultou em uma multa de mais de US$ 145 milhões.
Devido aos seus problemas na Justiça, Giuliani perdeu o direito de advogar no estado de Nova York e na capital americana, Washington.
Além de Giuliani, na lista de indultados está Sidney Powell, advogada de Trump que em 2023 se declarou culpada de tentar reverter os resultados das eleições presidenciais na Geórgia, assim como John Eastman, que assessorou o mandatário durante sua campanha eleitoral em 2020.
Mark Meadows, ex-chefe de gabinete da Casa Branca durante parte do primeiro mandato de Trump, também recebeu o perdão do republicano, após ser acusado de pressionar funcionários estaduais na Geórgia para favorecer o agora presidente.
“Esta proclamação põe fim a uma grave injustiça nacional perpetrada contra a população americana após as eleições presidenciais de 2020 e dá continuidade ao processo de reconciliação nacional”, lê-se no documento.
No entanto, estes indultos são preventivos, pois se aplicam apenas a acusações federais e nenhum dos nomes que constam na lista tem casos abertos na esfera federal.
Em setembro deste ano, Trump anunciou que Giuliani receberá a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honraria para civis conferida pelo governo americano.
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