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Trader que operou 700 contratos revela como quase infartou após prejuízo de R$ 60 mil
Economia

Trader que operou 700 contratos revela como quase infartou após prejuízo de R$ 60 mil 





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Natural de Contagem (MG), Douglas Sousa encontrou no mercado financeiro uma virada de chave em sua trajetória pessoal e profissional. Sem formação educacional sólida e vindo do setor imobiliário, ele entrou para o mundo do trade em busca de uma renda extra — e acabou descobrindo uma vocação.

Hoje, comanda a sala Top Macro na Top Gain e se tornou referência em operações baseadas em análise quantitativa e leitura macroeconômica, com foco em divulgação de dados ao vivo e comportamento do preço.

No episódio 8 da 3ª temporada do programa A Arte do Trade, no canal GainCast, ele revela como disciplina, resiliência e uma abordagem prática o transformaram em um operador de destaque — mesmo diante de perdas, pressão emocional e incertezas típicas do mercado.

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Do acaso ao propósito

Douglas Sousa começou no mercado por acaso. Após empreender com terrenos e ter uma agenda ociosa, ele se viu diante da necessidade de ocupar o tempo e gerar renda mínima. “Eu falei: Cara, eu preciso arrumar alguma coisa pra eu pagar a despesa do dia a dia. E aí eu conheci o mercado financeiro”, relembrou.

Foi um primo que o apresentou à bolsa. A primeira impressão, como a de muitos, foi de encantamento: “Eu falei: Agora eu realizei o sonho, né? Eu não preciso trabalhar, eu vou pra praia, vou operar da praia”, contou.

Sem histórico de educação formal robusto — ele abandonou os estudos na oitava série —, Douglas precisou vencer uma barreira pessoal. “Até então, eu nunca tinha lido um livro na vida. Odiava estudar. Mas o mercado me despertou algo”, explicou.

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Mesmo com as dificuldades iniciais, a dedicação extrema foi o diferencial. “Ficava estudando de 5 horas da manhã até meia-noite. Isso foi uma surpresa até pra mim”, afirmou.

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A notícia é o gatilho

A virada na carreira veio com o aprofundamento na análise macroeconômica. Douglas se destacou por criar uma abordagem direta para operar dados econômicos como Payroll e CPI no exato momento da divulgação — sem posicionamento prévio e com base em reações imediatas de preço. “Saiu a notícia, o painel macro me mostrou que é de alta, o Payroll veio acima. Eu vou na hora. É coisa rápida, 5, 10 segundos mesmo”, explicou.

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Ele faz questão de lembrar que ninguém tem bola de cristal: “Ninguém sabe de nada, onde que vai. Nem o banco, nem a gente. Todo mundo tem uma projeção. A verdade está no preço”, destacou.

Para ele, operar notícia é também entender o ciclo econômico e o contexto global: “No CPI de junho, por exemplo, ele saiu abaixo, e isso me mostrava que o dólar poderia cair e o índice poderia subir. E foi exatamente isso que aconteceu”, relembrou.

Entre dados

Atualmente, Douglas utiliza uma plataforma própria de análise quantitativa e inteligência artificial — a Alpha Trading, criada com seu sócio Kauan Nunes — para mapear volatilidade e gerar predições diárias. Mas reforça que o robô não substitui o discernimento: “A inteligência artificial me dá compra, mas eu só compro se o preço mostrar que vai subir”, destacou.

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Sua leitura técnica é ancorada em volume profile, gráficos de pontos e marcação de “caixotes” — regiões de maior negociação no pregão anterior. “Se o dólar abrir perto do caixote e a predição for de alta, e ele ganhar essa região com fluxo, eu compro”, explicou.

Mesmo com a disciplina, Douglas também viveu momentos extremos. Chegou a operar 700 contratos de índice, ganhando até R$ 15 mil em um único dia. Mas o preço emocional foi alto: “Quando eu perdia, era R$ 60 mil de prejuízo. Eu não dormia. Meu pai trabalha o ano todo e não ganha isso. A adrenalina foi maior do que eu podia lidar”, relatou.

O episódio mais marcante foi uma perda de R$ 60 mil no minidólar, em 2023: “Comecei a fazer médio, fui parar com 500 contratos. Perdi, fui pescar, e no caminho de volta comecei a passar mal. Febre, dor no corpo, achei que estava infartando. Fui diagnosticado com infecção causada por estresse emocional. O médico falou: ‘Você quase infartou’”, relembrou.

Hoje, opera com risco mais controlado e defende que o mais importante é respeitar o perfil individual. “O errado é perder mais do que você estava disposto a perder. O resto, se está ganhando dinheiro, está certo”, afirmou.

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