(Reuters) – A TotalEnergies disse nesta quarta-feira que sua afiliada Total Austral concordou em vender sua participação de 45% em dois blocos não convencionais de petróleo e gás para a YPF da Argentina.
O negócio foi avaliado em US$ 500 milhões, disse a TotalEnergies em um comunicado, e representa cerca de 20% da área detida pelo grupo francês na procurada formação de “shale” de Vaca Muerta, na Argentina, a segunda maior reserva de gás não convencional do mundo.
A TotalEnergies é a maior operadora privada da Argentina, responsável por cerca de um quarto da produção de gás do país.
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Javier Ravelo, vice-presidente sênior de exploração e produção da TotalEnergies nas Américas, disse que a empresa continua comprometida com a Argentina e que a venda a liberou para se concentrar no desenvolvimento de seus principais ativos no país, notadamente o campo de gás Fenix, na costa da Terra do Fogo, e na bacia de Neuquen.
A YPF disse em um comunicado que os ativos vieram com licenças de “fracking” válidas até 2051, que são fundamentais para a estratégia de crescimento da empresa argentina.
A empresa disse que o ativo Rincon La Ceniza estava bem localizado para potencialmente alimentar gás em uma futura instalação de exportação de GNL da Argentina, enquanto o ativo La Escalonada tinha principalmente petróleo que poderia contribuir para um centro de desenvolvimento do norte em Vaca Muerta.
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O presidente-executivo da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, disse em uma conferência de resultados em 24 de julho que a empresa havia aceitado ofertas vinculantes para sua licença argentina de petróleo de “shale” e dois ativos upstream.
Pouyanne disse que fazia sentido vender as participações minoritárias da TotalEnergies em áreas onde os custos de produção estavam acima do novo teto de projeto da empresa, de US$20 por barril, e investir em seus projetos maiores que estão sendo desenvolvidos no Suriname e no Brasil, como parte de sua estratégia de petróleo e gás de baixo custo e baixas emissões.
“Preferimos alocar o capital para expandir o Bloco 53 no Suriname e (…) o enorme portfólio no Brasil, com Sepia-2, Atapu-2, a extensão de Lapa, tudo isso”, disse Pouyanne a analistas no mês passado.
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As vendas de participação são em ativos parcialmente pertencentes à Shell (45%) e à empresa local Gas y Petroleo de Neuquen (10%).
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