A agenda doméstica desta segunda-feira (14) traz como destaque a divulgação do Boletim Focus pelo Banco Central, às 8h25, com as projeções do mercado para inflação, PIB, câmbio e juros. Na sequência, será publicado o IBC-Br, indicador que serve como uma prévia do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB). Acontece amanhã (15), no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, audiência de conciliação entre representantes do Executivo e do Legislativo sobre a questão do imposto sobre operações financeiras (IOF).
Nos Estados Unidos, a agenda está esvaziada, sem indicadores econômicos importantes previstos para o dia, o que concentra a atenção dos investidores na nova rodada de tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. No fim de semana, o Trump anunciou a imposição de tarifas de 30% sobre produtos importados da União Europeia e do México, com vigência a partir de 1º de agosto. Em reposta, autoridades da UE e do México sinalizaram disposição para continuar as negociações na esperança de garantir uma taxa reduzida.
Já as exportações da China aumentaram 5,8% em junho em relação ao ano anterior, para US$ 325 bilhões, superando a estimativa mediana de uma pesquisa da Bloomberg com analistas. As importações subiram 1,1%, crescendo pela primeira vez desde fevereiro, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas divulgados nesta segunda.

Agenda
A agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa às 9h, com reunião com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. Às 11h, ele se encontra com o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Marco Aurélio Marcola. No período da tarde, às 14h40, Lula recebe o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza, seguido, às 15h, pela assinatura de uma Medida Provisória que concede isenção da taxa de serviço metrológico para verificação de taxímetros. Às 16h, o presidente tem reunião com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Encerrando a agenda, às 19h, Lula participa da exibição do filme O Último Azul.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa das 19h às 21h da recepção em comemoração à Festa Nacional da França, em Brasília. O evento será fechado à imprensa.
No exterior, Piero Cipollone, membro do conselho do BCE, comparece à Comissão de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu.
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Brasil
8h25 – Boletim Focus
9h – IBC-Br
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INTERNACIONAL
União Europeia e México
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no sábado tarifas de 30% para México e União Europeia. Em uma carta publicada em sua rede social, Truth Social, ele afirma que a medida entra em vigor no dia 1º de agosto.
Críticas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, por demorar a voltar a cortar juros. Em entrevista a repórteres antes de embarcar no avião presidencial neste domingo (13), Trump afirmou que Powell deveria renunciar ao cargo e que a saída dele antes do fim do mandato “seria uma ótima coisa”.
Em todas as instâncias
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar na sexta-feira (11) que lutará em todas as instâncias contra a tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros, com início previsto para 1º de agosto. Segundo ele, os dados da balança comercial mostram que o Brasil tem déficit com os EUA, e não o contrário.
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Em algum momento
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (11) que pretende conversar com Luiz Inácio Lula da Silva, mas “não agora”. A fala, dada à TV Globo, ocorre em meio à tensão provocada pela tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que entra em vigor em 1º de agosto. Trump também saiu em defesa de Jair Bolsonaro, dizendo que ele está sendo tratado de forma injusta pelo governo Lula. O republicano afirmou conhecer Bolsonaro pessoalmente e o descreveu como “honesto” e “patriota”. Nos últimos dias, Trump tem criticado o STF por suposta perseguição ao ex-presidente. Lula, por sua vez, afirmou que Trump estaria sendo processado no Brasil, como Bolsonaro.
Absurda e irracional
A tarifa de 50% imposta por Donald Trump às exportações brasileiras foi classificada como absurda e irracional por Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda. Segundo ele, a medida mistura comércio com política ao tentar pressionar Lula por causa dos processos contra Bolsonaro. Ricupero afirmou que o Brasil não fez nada contra os EUA e que Lula não tem controle sobre o STF. Para o diplomata, é prudente esperar até 1º de agosto, pois Trump costuma recuar. Ele acredita que a medida pode enfraquecer Bolsonaro ao unificar a sociedade contra a interferência externa.
ECONOMIA
Quem paga a conta?
A tarifa de 50% imposta por Donald Trump pode afetar de forma desigual os estados brasileiros. Juntos, os estados do Sudeste exportaram US$ 28,6 bilhões para os EUA em 2023, o que representa 70,1% do total. São Paulo lidera, com US$ 13,5 bilhões, seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. No entanto, em termos proporcionais, o Ceará é o mais vulnerável: 44,9% de suas exportações vão para os EUA. Espírito Santo (28,6%) e Paraíba (21,6%) também estão entre os mais expostos. Segundo a CNI, cada R$ 1 bilhão exportado aos EUA gera 24,3 mil empregos no Brasil.
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Reciprocidade econômica
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse neste domingo, 13, que o governo vai trabalhar ao longo desta semana no decreto de regulamentação da reciprocidade econômica para ter ferramentas de responder à tarifa de 50% imposta aos produtos do Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Prazo
O Banco Central (BC) esclareceu na sexta-feira (11) que o prazo para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) retornar ao intervalo da meta de inflação, entre 1,5% e 4,5%, é o primeiro trimestre de 2026. Caso isso não ocorra, uma nova carta será exigida. Em nota, o BC reiterou que a inflação de 12 meses, que está em 5,35%, ultrapassou o teto e configurou o primeiro descumprimento da nova meta contínua. A autoridade monetária projeta a convergência para o centro da meta, de 3%, até o final de 2026, mas destaca que suas trajetórias de juros podem divergir daquelas previstas no cenário de referência do mercado.
Débitos tributários
O governo arrecadou R$ 10,2 bilhões na primeira rodada de renegociação de débitos tributários com grandes empresas, encerrada em 30 de junho, segundo antecipou à Reuters a procuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelize Almeida. Do total, R$ 7,6 bilhões foram pagos à vista e R$ 2,6 bilhões serão quitados de forma parcelada. A maior parte veio de grandes bancos, com destaque para disputas sobre PLR, previdência privada e ágio interno. A próxima rodada deve incluir três novas teses, como a da desmutualização da B3 e os preços de transferência. A meta da Fazenda é arrecadar R$ 30 bilhões só com dívidas ativas ainda em 2025.
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Arrecadação
A arrecadação com apostas reguladas no Brasil somou R$ 3,02 bilhões entre janeiro e maio, superando setores tradicionais como educação e comércio. Em maio, o setor bateu recorde com R$ 814 milhões. Apesar do avanço, especialistas alertam para o risco do mercado ilegal, que ainda movimenta bilhões e atrai apostadores pela falta de fiscalização. O excesso de tributação também preocupa, podendo empurrar usuários para plataformas não regularizadas. Com planejamento, regulação eficiente e incentivo ao jogo responsável, o setor tem potencial para ultrapassar a média anual projetada ainda em 2025.
POLÍTICA
IOF
Acontece nesta terça-feira (15), no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, audiência de conciliação entre representantes do Executivo e do Legislativo sobre a questão do imposto sobre operações financeiras (IOF). O ministro Alexandre de Moraes, no dia 4 de julho, determinou a suspensão dos efeitos tanto do decreto do governo, que aumentava o IOF, quanto do decreto legislativo que derrubava a medida.
Lula e Bolsonaro
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sugeriu ao STF que Jair Bolsonaro viajasse aos EUA para negociar diretamente com Donald Trump o fim do tarifaço, proposta rejeitada por ministros como “esdrúxula”, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. A ideia incluía apoio político em troca de anistia ao ex-presidente. Tarcísio também se reuniu com o chefe da embaixada americana no Brasil, Gabriel Escobar. A iniciativa, vista como interferência diplomática, gerou críticas tanto no STF quanto entre aliados bolsonaristas. Bolsonaro, por sua vez, deixou claro que seu foco é a anistia, não os impactos econômicos das tarifas.
Convocação
O presidente Lula divulgou nesta sexta-feira (11) um vídeo convocando aposentados e pensionistas vítimas de descontos indevidos no INSS a aderirem ao plano de devolução dos valores. A medida é parte da resposta ao esquema de fraudes iniciado, segundo Lula, na gestão Bolsonaro. A adesão começou na sexta e é gratuita. Os primeiros 100 mil beneficiários devem receber o pagamento em 24 de julho. Mais de 1,8 milhão de pessoas estão aptas. O governo busca, com isso, reparar os danos e conter críticas diante da queda de popularidade.
Moeda
Lula voltou a defender a criação de uma nova moeda para o comércio internacional, afirmando que não há motivo para os países dependerem do dólar nas trocas comerciais. Em entrevista, Lula criticou a hegemonia norte-americana: “Quem tem a máquina de produzir o dólar são os Estados Unidos e não nós.” A proposta de desdolarização, que enfrenta resistência dentro do Brics, já foi alvo de ameaças por parte de Donald Trump. Lula reagiu dizendo que, se o ex-presidente americano estiver insatisfeito, deveria debater o tema em fóruns como o G20.
Prisão de Eduardo
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusando-o de atuar nos Estados Unidos para prejudicar o Brasil. Segundo o petista, Eduardo teria articulado sanções econômicas com congressistas americanos e estimulado o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump. A iniciativa, afirma Lindbergh, configura “guerra híbrida” e tentativa de submeter o país à influência estrangeira. O parlamentar também solicitou o bloqueio de bens de Eduardo, que segue nos EUA sob alegação de perseguição política.
(Com Agência Brasil, Estadão e Reuters)
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