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Tarifas de Trump, BoE, dados da China, balanço da Petrobras e mais destaques desta 5ª
Economia

Tarifas de Trump, BoE, dados da China, balanço da Petrobras e mais destaques desta 5ª 

A sessão desta quinta-feira (7) é marcada por uma série de eventos relevantes no cenário global e doméstico. Entram em vigor hoje as novas tarifas comerciais dos EUA, impostas pelo presidente Donald Trump, com impacto sobre dezenas de países, incluindo União Europeia, Coreia do Sul, Japão e Suíça. As medidas variam de 15% a 41%, dependendo do país. Trump ainda afirmou na véspera (6) que vai impor uma tarifa de 100% sobre a importação de semicondutores e chips, mas não para empresas que estejam “produzindo nos Estados Unidos”.

Na agenda americana, saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego e os dados de exportação de grãos, ambos às 9h30. Às 11h, o presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic, fará discurso, seguido do balanço patrimonial do Federal Reserve, às 17h30.

Já o crescimento das exportações da China acelerou inesperadamente no mês passado, registrando o ganho mais rápido desde abril. A resiliência das remessas internacionais ocorreu apesar das altas tarifas impostas pelos EUA.

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Ainda no exterior, o Banco da Inglaterra (BoE) realiza reunião para decidir o patamar da taxa de juros, às 8h (horário de Brasília), com a expectativa de um corte nas taxas de juros de 4,25% para 4%.

Confira:

Por aqui, investidores voltam as atenções para a Bolsa de Valores, após o Ibovespa registrar alta de 1,04% na véspera e retomar os 134 mil pontos. O movimento surpreendeu parte do mercado por ocorrer no primeiro dia da imposição de tarifas de 50% dos Estados Unidos contra produtos brasileiros. Já o dólar recuou abaixo de R$ 5,50, favorecido pelo ambiente externo e por expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos após dados econômicos mais fracos.

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A temporada de divulgação de balanços do segundo trimestre segue intensa, com destaque para publicação do resultado da Petrobras (PETR4), que será divulgado após o fechamento do mercado. Além da petrolífera, diversas empresas também apresentam seus números nesta quinta-feira, entre elas ABC Brasil (ABCB4), Alpargatas (ALPA4), Alupar (ALUP11), Ânima Educação (ANIM3), Assaí (ASAI3), Auren Energia (AURE3), Azul (AZUL4), B3 (B3SA3), Boa Safra (SOJA3), BR Partners (BRBI11), Caixa Seguridade (CXSE3), Energisa (ENGI11) e Engie Brasil (EGIE3).

A agenda de indicadores inclui o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), referente a julho, divulgado às 8h, e os preços ao produtor de junho, às 9h.

Agenda

A agenda do presidente Lula inclui, às 10h30, reunião com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Às 14h40, encontra-se com o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Às 15h, recebe o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Marco Aurélio Marcola. Às 16h30, participa da inauguração do projeto de restauro dos Jardins de Burle Marx e da instalação de uma escultura na fachada do Palácio da Justiça. À noite, às 19h, comparece ao evento Cine Alvorada.

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Nilton David, diretor de Política Monetária, participa do Evento Porto Asset Day 2025, também em São Paulo, a partir das 14h.

Brasil

  • 8h – IGP-DI (julho)
  • 9h – Preços ao produtor (junho)          
      
    EUA
  • 9h30 – Auxílio-desemprego (semanal)
  • 9h30 – Exportação de grãos (Usda) (semanal)
  • 11h – Discurso de Bostic, membro do Fomc
  • 17h30 – Balanço patrimonial do Federal Reserve

INTERNACIONAL

Chips e semicondutores

Os Estados Unidos vão impor uma tarifa de 100% sobre todos os chips e semicondutores importados, anunciou Donald Trump na quarta (6). A medida não valerá para empresas que produzem ou estão construindo fábricas no país. Ainda sem escopo claro, a decisão pode pressionar os preços globais desses componentes. O Brasil, que exportou apenas US$ 8,5 milhões em semicondutores em 2024, seria pouco afetado diretamente. No entanto, como o país importa bilhões para atender sua demanda, pode sentir o impacto via preços. A cadeia global é dominada por empresas como TSMC, ASML e outras asiáticas.

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Mais taxas

Donald Trump anunciou uma tarifa extra de 25% sobre produtos importados da Índia, elevando a taxação total para 50%. A medida é uma retaliação pelas compras indianas de petróleo russo, que, segundo ele, sustentam a guerra na Ucrânia. A tarifa entra em vigor em 27 de agosto, exceto para mercadorias já em trânsito. O governo indiano reagiu com críticas, chamando a decisão de “injusta e irracional”. Trump também sinalizou que pode adotar medidas semelhantes contra a China. A medida serve de alerta ao Brasil, que mantém relações comerciais com Moscou.

Investimento

A Apple investirá mais US$ 100 bilhões nos EUA para ampliar sua produção local e evitar tarifas sobre iPhones, disse Trump na quarta-feira (6). O compromisso foi formalizado na Casa Branca com Tim Cook e inclui a criação do Programa de Manufatura Americana. A Apple já havia prometido US$ 500 bilhões em fevereiro, mas parte do valor representa investimentos já previstos. Apesar dos anúncios, a empresa continua produzindo a maior parte de seus dispositivos na Ásia.

Pressão

Trump aumentou a pressão sobre Vladimir Putin por um cessar-fogo na Guerra da Ucrânia, afirmando estar pronto para se reunir com o líder russo e o ucraniano Volodimir Zelenski. A Casa Branca confirmou a proposta de encontro após uma reunião entre Putin e o enviado de Trump, Steve Witkoff, em Moscou. Sanções mais duras contra a Rússia devem ser anunciadas na sexta-feira (8), incluindo tarifas para países que compram petróleo russo. A reunião com Putin pode ocorrer na próxima semana, e um encontro tripartite está sendo negociado.

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Redução de impostos

A redução dos impostos sobre exportações de farelo e óleo de soja na Argentina pode beneficiar o Brasil, segundo a Abiove. Com menor diferencial tributário, a indústria argentina perde parte da vantagem competitiva, abrindo espaço para o farelo brasileiro ganhar mercado. A medida também pode estimular a produção de soja na Argentina nos próximos anos. Ainda assim, o Brasil mantém ampla liderança nas exportações de grão.

ECONOMIA

Exportações

As exportações brasileiras para os Estados Unidos somaram US$ 3,71 bilhões em julho, 3,8% acima do mesmo mês do ano anterior, um mês antes da sobretaxa de 50% entrar em vigor. Houve aumento nas vendas tanto de produtos isentos, como componentes de aviação civil e suco de laranja, quanto de itens taxados, como café e carne bovina. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, as exportações de aeronaves cresceram 159% e sucos, 32,2%. Em contrapartida, as importações brasileiras dos EUA subiram 18,2%, chegando a US$ 4,27 bilhões, resultando em déficit comercial de US$ 560 milhões em julho. No acumulado do ano, o saldo negativo da balança com os EUA já soma US$ 2,26 bilhões.

Prejuízo

A sobretaxa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros de cacau deve causar perda mínima de US$ 36 milhões em 2025, segundo a Câmara Setorial de Cacau do Mapa. A medida afeta exportações essenciais como amêndoas, manteiga e pó de cacau, comprometendo cerca de 70 mil empregos na cadeia produtiva. O impacto pode aumentar a ociosidade industrial e desestimular produtores, sobretudo na Bahia, Pará e São Paulo. O governo brasileiro busca diálogo com os EUA e ações emergenciais para mitigar os efeitos da tarifa.

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Intocável

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que o Pix deve continuar intocável como infraestrutura pública, ressaltando sua importância estratégica e segurança para o Brasil. Ele alertou para conflitos de interesse caso a gestão fosse privada e destacou que o Pix promove inclusão financeira. Galípolo citou que o sistema conta com 858 milhões de chaves registradas e amplia o uso de cartões. As declarações ocorreram durante evento em São Paulo, em meio a investigações dos EUA sobre o Pix.

Imposto de Renda

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou votação remota para evitar obstrução de aliados de Bolsonaro e garantir a aprovação da ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos. A medida provisória que estabelece essa faixa perde validade se não for aprovada até segunda-feira (11). Alcolumbre reforçou que não aceitará intimidações e que o Parlamento não será refém de ações que travem seu funcionamento. A votação remota está marcada para esta quinta-feira (7), às 11h.

POLÍTICA

Defesa de Bolsonaro

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro recorreu nesta quarta-feira contra a prisão domiciliar do ex-mandatário decretada na segunda-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrou pedido encaminhado ao magistrado visto pela Reuters. A defesa afirma que não houve descumprimento das medidas cautelares impostas a Bolsonaro. Os advogados argumentam que a fala do ex-presidente não se enquadra “de forma alguma” no conteúdo considerado proibido pela decisão anterior de Moraes, que havia impedido o ex-presidente de usar, direta ou indiretamente, as redes sociais.

OMC

O governo Lula acionou os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC) em resposta às tarifas impostas por Donald Trump, com um pedido de consulta entregue em 6 de agosto. Embora a consulta dependa da aceitação dos EUA e a última instância da OMC esteja paralisada desde 2019, o movimento é considerado simbólico para defender o sistema multilateral de comércio. O Brasil alega que as tarifas violam princípios da OMC, como a nação mais favorecida e limites tarifários negociados. Caso as consultas não sejam resolvidas em 60 dias, pode ser iniciado um painel para análise, embora o processo possa durar anos devido à paralisação do Órgão de Apelação.

Sem espaço

Com a sobretaxa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros em vigor, Lula afirmou não ver espaço para negociações diretas com Donald Trump e destacou a falta de interlocução, embora sua equipe tente dialogar. O presidente rejeitou a ideia de retaliação comercial e disse que o Brasil buscará outros parceiros comerciais. Lula classificou as relações bilaterais como no pior momento em 200 anos, criticando a interferência americana no processo contra Bolsonaro. Ele afirmou que não vai se humilhar e aguarda uma sinalização de Trump para retomar o diálogo.

STF não dá a mínima

Lula também afirmou que os ataques de Donald Trump não influenciam a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento contra Jair Bolsonaro. Ele ressaltou que a Corte age com base nas evidências e criticou a perseguição política alegada por Trump. “A Suprema Corte nossa não está dando a mínima para o que fala o Trump e nem pode dar. Como a Suprema Corte americana não vai dar a mínima se eu estiver fazendo uma crítica a eles”, disse.

Críticas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou na quarta-feira (6) a oposição, especialmente o bolsonarismo, por atrapalhar a relação entre Brasil e EUA, em meio à entrada em vigor da sobretaxa de 50% imposta por Trump. Haddad pediu que empresários se posicionem contra essa obstrução política, citando entrevista de Eduardo Bolsonaro prometendo atrapalhar o país. A ministra Gleisi Hoffmann também condenou as ações da oposição no Congresso, associando-as a prejuízos econômicos causados pelo tarifaço. O contexto político inclui a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, sanções contra ministros do STF e mobilizações bolsonaristas no Legislativo.

Principal responsável

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), afirmou que a família Bolsonaro é a principal responsável pela sobretaxa dos EUA sobre produtos brasileiros. Ele também criticou manifestações do presidente Lula que, segundo ele, agravaram o clima diplomático. Leite elogiou o vice-presidente Geraldo Alckmin pelo esforço nas negociações para aliviar os impactos das tarifas. Destacou setores mais afetados, como armas, metalurgia, calçados e madeira, e espera ampliar a lista de exceções junto aos EUA.

Decisão

O presidente da Câmara, Hugo Motta, ameaçou suspender por seis meses deputados que continuarem amotinados na mesa diretora, impedindo sessões. A decisão teve apoio da maioria dos partidos, que querem retomar o comando do plenário. Motta marcou sessão para a noite da quarta (6), mesmo com obstrução prevista do PP, PL e Novo. Os bolsonaristas ocupam a mesa desde terça, exigindo anistia aos acusados do golpe de 2023 e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

Descontos

O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) protocolou um requerimento pedindo a Motta que desconte proporcionalmente os subsídios dos bolsonaristas que obstruem os trabalhos legislativos. Segundo Boulos, a paralisação fere o princípio da eficiência administrativa e prejudica projetos importantes para a população. Ele argumenta que a ocupação do plenário pelos bolsonaristas não é um debate democrático legítimo, mas sim uma tentativa antidemocrática de desestabilizar instituições.

Revisão

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu ao STF a revisão da prisão domiciliar, alegando que o ex-presidente não controla a divulgação de imagens nas redes sociais e nos atos de anistia. Os advogados afirmam que Bolsonaro não foi proibido de se manifestar e que a ampliação das restrições ultrapassa o permitido pela Primeira Turma do STF. Eles também contestam a acusação de descumprimento das medidas cautelares, afirmando que não há provas concretas. A defesa pede que o recurso seja analisado em sessão presencial pelo colegiado.

Novas decisões

  • O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou que familiares de Jair Bolsonaro visitem-no em prisão domiciliar, sem necessidade de aviso prévio, desde que cumpram restrições como a proibição do uso de celular na residência. A decisão flexibiliza a proibição inicial, que restringia visitas apenas a advogados. Com isso, filhos e netos de Bolsonaro, como Flávio Bolsonaro, podem visitá-lo livremente. Moraes mantém, porém, a proibição de gravações ou fotos durante as visitas.
  • Moraes também foi a favor do pedido de acareação entre o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-assessor Marcelo Costa Câmara, marcada para 13 de agosto, às 11h30. A audiência ocorrerá na sede do Supremo e visa esclarecer divergências nos depoimentos sobre a trama golpista. A defesa de Câmara solicitou o confronto para esclarecer principalmente o suposto monitoramento de Moraes pelo ex-assessor após as eleições de 2022.
  • Em contrapartida, Moraes negou o pedido de soltura do ex-ministro e general Walter Braga Netto, réu na tentativa de golpe de 2022, mantendo sua prisão preventiva desde dezembro de 2024. Moraes apontou os indícios da participação de Braga Netto na trama golpista e o perigo à ordem pública, justificando a custódia cautelar.

Ofensiva na Europa

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-apresentador da Jovem Pan, Paulo Figueiredo, planejam uma ofensiva na Europa para buscar sanções contra Alexandre de Moraes, com visitas previstas a vários países em setembro. A ideia é pressionar o Parlamento Europeu, repetindo sanções semelhantes às impostas pelos EUA.

Contra medidas

O Senado vai recorrer contra as medidas cautelares impostas ao senador Marcos do Val (Podemos-ES) pelo ministro Alexandre de Moraes e busca flexibilizar ao menos parte da decisão. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciou que pedirá o afastamento de Do Val por seis meses, em reação à ocupação bolsonarista do plenário. Segundo O Globo, parlamentares temem que a reversão das medidas pelo Senado agrave a crise institucional com o STF. Do Val está com tornozeleira eletrônica e proibido de sair de Brasília.

Por carta

A deputada Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália, divulgou uma carta escrita à mão direto da prisão afirmando estar “forte e corajosa” e que “nenhum ditador nos colocará de joelhos”. A mensagem foi publicada nas redes sociais de familiares e advogado, mas depois removida, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. Condenada a dez anos de prisão e perda do mandato pelo STF, Zambelli permanece em regime fechado no presídio Rebibbia, enquanto aguarda extradição, que pode levar até dois anos. A decisão de Moraes inclui multa diária por publicações e a perda imediata do mandato.

Corporativo

Eletrobras (ELET3/ELET6)

A Eletrobras (ELET3/ELET6) registrou lucro líquido ajustado de R$ 1,4 bilhão no segundo trimestre de 2025 (2T25), alta de 43% em relação ao ano anterior, e anunciou R$ 4 bilhões em dividendos. O resultado apontou forte desempenho operacional, com aumento nas margens e redução de custos. A receita líquida foi de R$ 10,2 bilhões, 21,5% maior, e o Ebitda ajustado chegou a R$ 5,1 bilhões. A empresa disse ao mercado que um ajuste não recorrente impactou negativamente o trimestre.

Suzano (SUZB3)

A Suzano (SUZB3) elevou sua projeção de investimento para o ano em cerca de 7% nesta quarta-feira, após registrar lucro líquido de R$ 5,01 bilhões no segundo trimestre, uma reversão do prejuízo de R$3,77 bilhões apurado no mesmo período em 2024. O resultado também veio acima da expectativa média de analistas em pesquisa da LSEG, de R$ 3,97 bilhões.

(Com Reuters e Estadão)

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