A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira (6) o pedido de revisão da sentença da britânica Ghislaine Maxwell, de 62 anos, ex-companheira e cúmplice do financista e pedófilo Jeffrey Epstein. A decisão encerra, por ora, as tentativas da defesa de anular a condenação de 20 anos de prisão contra ela por tráfico sexual de menores.
No primeiro dia do novo período de sessões, o tribunal máximo do país recusou analisar o recurso apresentado pelos advogados de Maxwell sem oferecer justificativa formal. O apelo pedia que fosse revista uma decisão de setembro de 2024, quando um tribunal federal de apelações manteve a condenação original.
A defesa argumentava que o governo americano deveria respeitar um acordo firmado por Epstein em 2007 com a promotoria da Flórida, no qual as autoridades federais se comprometiam a não apresentar novas acusações contra possíveis cúmplices do empresário. Esse entendimento, segundo os advogados, deveria ter beneficiado Maxwell.
O governo do presidente Donald Trump, no entanto, pediu expressamente à Suprema Corte que rejeitasse a revisão. Em carta enviada ao tribunal, o procurador-geral dos Estados Unidos, John Sauer, afirmou que a argumentação da defesa era “incorreta” e que Maxwell “não demonstra que teria sucesso em qualquer tribunal de apelação”.
Condenada em 2021 por cinco acusações, incluindo tráfico sexual de menores, Maxwell foi apontada como peça central na rede de exploração mantida por Epstein. O financista se suicidou em 2019, enquanto aguardava julgamento pelos mesmos crimes.
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