As ações de menor capitalização da Bolsa brasileira seguem em destaque em 2025, superando o desempenho do principal índice do mercado. Enquanto o Ibovespa acumula alta de 18,56% no ano, o índice Small Caps (SMLL) avança 22,03% no mesmo período, reforçando o apetite dos investidores por ativos com maior potencial de valorização — ainda que mais sensíveis à volatilidade econômica e política.

O SMLL, atualmente composto por 113 ações, reúne empresas de menor valor de mercado e que, em muitos casos, ainda estão em estágios iniciais de expansão. Por esse motivo, o índice tende a oscilar com maior intensidade — tanto nas fases de otimismo, quando o fluxo comprador predomina, quanto em períodos de aversão ao risco, quando a liquidez se retrai.
Entre os destaques positivos de 2025, chamam atenção as fortes valorizações de Cogna (COGN3), que sobe 183,61%, Moura Dubeux (MDNE3) com alta de 155,52%, e Ser Educacional (SEER3), que acumula ganhos de 137,92% no ano. No sentido oposto, Recrusul (RCSL3) recua 76,72%, Gafisa (GFSA3) perde 71,95%, e Raízen (RAIZ4) registra queda de 59,72%, figurando entre as maiores baixas do índice.
No consolidado do ano, 79 ações operam no campo positivo, sendo que 8 delas já acumulam valorizações superiores a 100%, evidenciando o bom momento das small caps brasileiras e o retorno gradual do interesse por ativos de maior risco — impulsionados pela expectativa de recuperação econômica e pelo ambiente de juros mais baixos.
Para entender até onde o índice de Small Caps pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica Small Caps (SMLL)
O índice Small Caps (SMLL) mantém um viés de recuperação em 2025, após romper a antiga linha de tendência de baixa que vinha desde 2022. No acumulado do ano, o índice sobe 22,03%, mas no mês de outubro recua 4,14%, refletindo uma pausa natural dentro do movimento de alta. Na última sessão, o SMLL encerrou cotado aos 2.152 pontos.
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Pelo gráfico semanal, o índice ainda apresenta estrutura positiva no médio prazo, mas negocia abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que sinaliza perda momentânea de força compradora. Apesar disso, permanece acima da média de 200 períodos, que atua como suporte dinâmico e mantém o viés construtivo no longo prazo. O IFR (14) está em 51,03 pontos, em região neutra, sem indicar sobrecompra ou sobrevenda.
A faixa entre 2.086 e 2.029 pontos é considerada zona importante de suporte — sua perda poderá abrir espaço para correção mais acentuada em direção a 1.900 e 1.789 pontos, com um suporte mais longo em 1.726.
Por outro lado, se conseguir retomar força e superar os 2.186 pontos, o índice encontrará resistência relevante na região dos 2.300 pontos. Acima desse nível, o SMLL poderá retomar o movimento de alta com alvos projetados em 2.353, 2.432 e um alvo mais longo próximo dos 2.593 pontos.
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Confira mais análises:
Análise técnica Cogna (COGN3)
A Cogna acumula alta de 183,63% em 2025, mesmo com queda de 9,88% em outubro. O papel mantém viés positivo, mas segue lateralizado nas últimas semanas, indicando pausa na tendência de alta.
Negocia acima das médias de 9 e 21 períodos, com IFR (14) em 58,04, em zona neutra. Para retomar força compradora, precisa romper R$ 3,36; já abaixo de R$ 2,49, pode acentuar a correção.
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Suportes: R$ 2,70; R$ 2,49; R$ 2,31; R$ 1,83; R$ 1,67.
Resistências: R$ 3,36; R$ 3,47; R$ 3,58; R$ 3,92; R$ 4,28.

Análise técnica Moura Dubeux (MDNE3)
A Moura Dubeux acumula alta de 155,52% em 2025, apesar da queda de 10,69% em outubro. O papel segue em forte tendência de alta, após renovar máxima histórica em R$ 30,37, e passa por uma correção leve, típica dentro de um movimento ascendente.
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Negocia acima das médias de 9 e 21 períodos, com IFR (14) em 63,88, em zona neutra. Para retomar força compradora, precisa romper R$ 30,37; abaixo de R$ 25,61/R$ 24,33, pode intensificar o fluxo corretivo.
Suportes: R$ 25,61; R$ 24,33; R$ 20,26; R$ 18,48; R$ 15,57.
Resistências: R$ 30,37; R$ 31,65; R$ 35,16; R$ 36,91.

Análise técnica Ser Educacional (SEER3)
A Ser Educacional acumula alta de 137,92% em 2025, mesmo após queda de 8,02% em outubro. O papel segue em tendência de alta, realizando correção após atingir a máxima do ano em R$ 11,49.
Negocia acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, com IFR (14) em 61,65, em zona neutra. Para retomar força compradora, precisa romper R$ 11,49; já abaixo de R$ 9,93/7,73, pode acentuar a correção.
Suportes: R$ 9,93; R$ 9,53; R$ 7,73; R$ 6,46; R$ 5,41.
Resistências: R$ 11,49; R$ 12,99; R$ 14,61; R$ 16,12; R$ 18,77.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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