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Rússia propõe “Túnel Putin–Trump” para ligar país aos EUA
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Rússia propõe “Túnel Putin–Trump” para ligar país aos EUA 

Uma proposta de enormes proporções geopolíticas voltou a circular em meio ao cenário internacional – a construção de um túnel ferroviário ligando os Estados Unidos à Rússia sob o Estreito de Bering. A ideia foi apresentada por Kirill Dmitriev, enviado de investimentos do ditador russo Vladimir Putin e chefe do Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF) – segundo ele, a ligação terrestre poderia simbolizar a unidade entre os dois países e destravar a cooperação econômica em larga escala, inclusive na exploração conjunta de recursos naturais.

O projeto do túnel, de acordo com Dmitriev, prevê a construção de uma ligação ferroviária e de carga de 112 quilômetros de extensão sob o Estreito de Bering – ligando o estado americano do Alasca a Chukotka, na Rússia – com custo estimado em menos de 8 bilhões de dólares e prazo de construção previsto de oito anos. O financiamento seria garantido por Moscou e por “parceiros internacionais”.

A proposta ganhou publicidade na noite de quinta-feira (16), pouco depois de uma conversa telefônica entre Vladimir Putin e Donald Trump sobre possíveis caminhos diplomáticos para interromper a guerra na Ucrânia. Nesse contexto, Dmitriev defendeu publicamente a ideia do túnel, afirmando em uma publicação na rede social X que o sonho de uma ligação entre os EUA e a Rússia através do Estreito de Bering reflete uma visão duradoura – desde a ferrovia Sibéria–Alasca de 1904 até o plano russo de 2007. Ele destacou que o RDIF estudou propostas existentes, incluindo a ferrovia EUA–Canadá–Rússia–China, e apoiaria a mais viável.

Convite a Musk

Dmitriev sugeriu ainda que o empreendimento poderia envolver a participação de Elon Musk, por meio da The Boring Company – empresa americana especializada na construção de túneis. Em mensagem no X direcionada ao empresário, ele explicou que imaginava conectar os EUA e a Rússia, as Américas e a Afro-Eurásia com o Túnel Putin–Trump – uma ligação de 112 quilômetros que simboliza a unidade.

Ele acrescentou que os custos tradicionais do projeto são superiores a 65 bilhões de dólares, mas que a tecnologia da The Boring Company poderia reduzi-los para menos de 8 bilhões, concluindo que deveriam construir um futuro juntos.

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Guerra Fria

O Estreito de Bering separa o Alasca da região russa de Chukotka – em seu ponto mais estreito, a distância é de apenas 82 quilômetros. Projetos para conectar as duas margens existem há pelo menos 150 anos, mas nenhum chegou a ser implementado. Dmitriev lembrou que uma iniciativa semelhante foi pensada durante a Guerra Fria – a chamada “Ponte da Paz Mundial Kennedy–Khrushchev” – e publicou um esboço da rota que ela poderia ter seguido, acompanhado de um gráfico mostrando o caminho que o novo túnel poderia tomar entre Chukotka e o Alasca.

Além do simbolismo diplomático, o projeto traria ganhos estratégicos e comerciais aos EUA e à Rússia, segundo Dmitriev. Ao defender a viabilidade técnica do empreendimento, ele destacou que o RDIF já investiu e construiu a primeira ponte ferroviária Rússia–China, e concluiu que chegou a hora de fazer mais e conectar os continentes pela primeira vez na história da humanidade – chegou a hora de conectar a Rússia e os EUA.

Não houve resposta pública imediata à ideia de Dmitriev, nem de Musk nem de Trump.

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