“O poderoso golpe desferido contra Israel em 7 de outubro resultou em conquistas históricas muito importantes. Primeiro, trouxe de volta a causa palestina. Por que todos esses países estão reconhecendo a Palestina agora?”. Essa foi uma das declarações de uma liderança do Hamas, Ghazi Hamad, durante entrevista à emissora Al Jazeera, se referindo ao apelo crescente contra Israel, com destaque para França e Reino Unido, do reconhecimento de um Estado palestino.
O membro sênior da ala política do grupo terrorista prosseguiu com a resposta. “Os frutos do 7 de outubro foram o que fez com que o mundo inteiro abrisse os olhos para a questão palestina — e eles estão caminhando em direção a ela com força […]”.
Nos últimos dias, vários países europeus sinalizaram que devem reconhecer um Estado palestino em breve. O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou no mês passado que seu país reconhecerá o Estado palestino na próxima Assembleia Geral da ONU, em setembro.
Poucos dias depois, o Reino Unido caminhou na mesma direção, condicionando Israel a resolver o que chamou de “catastrófica situação” na Faixa de Gaza para que tal medida não seja confirmada. Caso contrário, o governo britânico anunciou que “reconhecerá o Estado da Palestina em setembro, antes da celebração da Assembleia Geral da ONU”.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, respondeu à entrevista da liderança do Hamas nesta semana, criticando o posicionamento de alguns países da Europa. Segundo a autoridade israelense, o reconhecimento unilateral neste momento apenas “recompensa o terror”.
Sa’ar disse ainda nesta terça-feira (5) que os países que anunciaram planos de reconhecer um Estado palestino nas últimas semanas sabotaram um acordo de cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas.
“Há países que agiram, também neste edifício, para pressionar Israel, em vez do Hamas, durante dias delicados nas negociações, atacando Israel, fazendo campanha contra Israel e anunciando o reconhecimento de um virtual Estado Palestino. Eles deram presentes e incentivos ao Hamas para continuar esta guerra”, disse o ministro na ONU.
Outros países europeus, como Espanha, Irlanda e Noruega, já reconheceram unilateralmente um Estado palestino.
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