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RD Saúde salta 18% após balanço – RADL3 voltou a ser o que era após 1T frustrante?
Economia

RD Saúde salta 18% após balanço – RADL3 voltou a ser o que era após 1T frustrante? 

Após um primeiro trimestre muito negativo, que derrubou as ações da RD Saúde (RADL3), a rede farmacêutica dona das marcas Raia e Drogasil mostrou recuperação no segundo trimestre, confirmando e até superando as expectativas do mercado, que levaram o papel a subir 11,35% no acumulado do mês até apenas 5 de agosto. Nesta quarta-feira (6), as ações da companhia tiveram valorização de 18,67%, a R$ 17,80.

A companhia registrou um lucro líquido ajustado de R$ 402,7 milhões, alta de 13% na comparação com o mesmo período de 2024.

O Goldman Sachs avaliou que a RD apresentou resultados no 2º trimestre de 2025 melhores do que o esperado, com o controle de despesas sustentando uma surpresa positiva nas margens. As vendas mostraram melhora sequencial em todas as categorias e também nas lojas maduras, onde o crescimento de vendas mesmas lojas (SSS) de 5,5% indicou ganhos reais frente ao reajuste regulatório.

A receita bruta cresceu 12% na comparação anual, em linha com as estimativas do banco e do consenso. Embora a margem bruta tenha ficado levemente abaixo do esperado, a margem EBITDA superou em 60pb as estimativas, impulsionada pela melhora no ritmo de deterioração das despesas com vendas e bom controle das despesas gerais e administrativas.

Segundo o Goldman, embora os resultados não eliminem todas as preocupações dos investidores sobre competição e crescimento estrutural em alguns segmentos, eles mostram que a companhia consegue ajustar sua operação para atravessar momentos desafiadores, com margens voltando a níveis normalizados, apesar de reajustes regulatórios de preços abaixo da inflação e crescimento mais lento na categoria HPC.

O Goldman reiterou recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 17, o que representa um potencial de alta de 13,3% frente ao fechamento de R$ 15 em 5 de agosto.

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Na avaliação da Ativa Investimentos, a RD Saúde entregou um conjunto de resultados melhor do que o esperado. A receita líquida veio em linha com o estimado, em R$ 10,8 bilhões. Já em termos de rentabilidade, a companhia entregou margens superiores mesmo com a pressão da CMED e com a venda de medicamentos GLP-1, principalmente devido a melhor diluição de G&A proveniente da contenção de despesas. O lucro líquido, por sua vez, foi positivamente impactado por um menor nível de IR devido a reversão de algumas provisões, que reduziram em R$ 61,8 milhões o IR pago no trimestre.

A XP Investimentos, por sua vez, avaliou que a RD apresentou um EBITDA acima do esperado, impulsionado pela alavancagem operacional e pelo controle das despesas administrativas e gerais (SG&A). As vendas brutas avançaram 12% na comparação anual, com as vendas em mesmas lojas maduras (MSSS) no varejo acelerando para 5,5% (ante 3,4% no 1T), superando a variação da CMED em 2,4 pontos percentuais (contra -1 ponto percentual no 1T). Esse desempenho foi favorecido por menores impactos negativos de calendário.

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A XP estimou que os medicamentos à base de GLP-1 contribuíram com cerca de 2 pontos percentuais para o crescimento das vendas. No que diz respeito à expansão, a companhia mantém o ritmo previsto, com 313 novas lojas abertas nos últimos 12 meses — 141 delas em 2025 — dentro da meta anual de 330 a 350 inaugurações.

O Itaú BBA também destacou que o rígido controle de despesas da RD contribuiu para um desempenho acima do esperado, com avanço de 5,5% no EBITDA e de 11% no lucro por ação (EPS, na sigla em inglês).

O banco observou que, embora a margem bruta siga pressionada por fatores estruturais, como a menor participação de HPC (higiene pessoal e cosméticos) e OTC (medicamentos isentos de prescrição) e o maior crescimento da categoria de medicamentos com prescrição (Rx), a companhia reagiu rapidamente, promovendo uma reestruturação corporativa relevante em abril de 2025 para mitigar esses efeitos.

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O Itaú BBA ainda avaliou que, embora a precificação das ações da RD ainda esteja elevada, a percepção de que “o pior já ficou para trás” tem sustentado o desempenho recente dos papéis. Após trimestres consecutivos de revisões para baixo, o segundo trimestre de 2025 marcou um ponto de inflexão, e o banco espera que o consenso de mercado eleve suas projeções nas próximas semanas.

A instituição ressaltou que a própria RD admitiu que o primeiro semestre de 2025 será o mais desafiador em termos de crescimento e rentabilidade. Com isso, o BBA projeta um tom mais construtivo durante a teleconferência de resultados, o que pode impulsionar ainda mais as ações no segundo semestre.

O Itaú reiterou recomendação market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à neutro) e preço-alvo de R$ 15.

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Os resultados da RD no 2T25 foram sólidos, superando as estimativas do Bradesco BBI. Além disso, o ciclo de caixa melhorou seis dias em relação ao ano anterior, atingindo 61 dias. O crescimento das vendas no segmento de varejo acelerou cerca de 2,5pp para 13% em relação ao ano anterior (ainda impactado pelo efeito calendário de -0,8pp), apesar do menor ajuste de preços pela CMED (-1,4pp).

A participação de mercado acompanhou a recuperação, expandindo 0,7pp em relação ao ano anterior, contra 0,4pp no 1T25. A margem EBITDA se recuperou fortemente, caindo apenas 0,3pp em relação ao ano anterior, contra queda de 1pp no 1T25.

O Bradesco BBI manteve recomendação de compra para RD Saúde (RADL3) e preço-alvo de R$ 18, fundamentada no valuation, já que as ações negociam a 18 vezes o Preço/Lucro estimado para 2026, abaixo do múltiplo histórico de cerca de 32 vezes, e na expectativa de melhora da dinâmica de resultados nos próximos trimestres.

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Segundo o banco, a partir do terceiro trimestre de 2025 a companhia terá bases de comparação mais fracas, favorecidas por fatores como calendário, mix de vendas e perdas de estoque. Para o BBI, os resultados do segundo trimestre confirmam a visão de que o pior já ficou para trás.

Na mesma linha que os demais bancos, o Morgan Stanley comenta que a RD apresentou sinais de recuperação no 2T25, entregando MSSS em linha com a inflação, apesar da pressão da CMED, do HPC mais lento e da redução de dias úteis. A margem bruta permaneceu sob pressão, mas a disciplina de G&A ajudou a sustentar a lucratividade. O EBITDA ajustado cresceu 7% em relação ao ano anterior e o lucro líquido ajustado 13%, superando as expectativas.

Olhando para o futuro, o Morgan avalia que a rede de farmácias precisará acelerar o crescimento da receita e melhorar as margens para justificar seus múltiplos de avaliação atuais, que ficaram sob pressão após um decepcionante primeiro trimestre de 2025. “Ainda assim, o segundo trimestre marca um passo claro na direção certa.”

O Morgan manteve recomendação equivalente à neutra e preço-alvo de R$ 17,10.

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