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quem é novo controlador? Ação cairá mais? As questões após operação
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quem é novo controlador? Ação cairá mais? As questões após operação 

A gestora Mapa Capital se tornará a maior acionista do Grupo Casas Bahia (BHIA3) ao alcançar uma participação de 85,5% do capital social, em razão da conversão de 1,40 bilhão de debêntures da 10ª emissão, informou a varejista em comunicado ao mercado.

Assim, as mudanças foram bem representativas, levando a mudanças do controle, para os indicadores da companhia e podendo gerar grandes impactos para as ações.

Confira abaixo as questões sobre a operação e o que esperar para os ativos:

Como foi a operação?

A operação foi feita pela Domus VII Participações, subsidiária integral da Mapa Capital, que receberá cerca de 558,8 milhões de ações ordinárias. Foi convertido o montante total de R$ 1,5 bilhão, de modo que 558.791.401 novas ações foram emitidas a um preço médio de R$ 2,95 por ação.

Segundo o fato relevante, a Domus pretende fazer mudanças na estrutura administrativa da Casas Bahia, incluindo, mas não se limitando, a aprovar o aumento do número de membros do atual Conselho de Administração para sete conselheiros; indicar três dos sete membros para compor o conselho e solicitar a nomeação de membros para comitês da Companhia.

“A conversão representa mais um passo importante, em linha com o plano de transformação que a companhia vem executando desde agosto de 2023, e reflete a confiança da Mapa Capital na companhia e em sua liderança para consolidar a recuperação e iniciar um novo ciclo de crescimento sustentável”, disse.

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Em junho, a Casas Bahia anunciou que a Mapa Capital tinha acertado um acordo não vinculante com Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) envolvendo debêntures conversíveis da rede de varejo detidas pelas duas instituições financeiras e que poderia resultar na gestora controlando participação majoritária na companhia.

Quem é a nova controladora de BHIA3?

A Mapa Capital foi fundada em 2013 e tem como sócios André Helmeister, ex-diretor do Itaú BBA, Fernando Beda, também ex-Itaú BBA, e Paulo Silvestri, ex-CEO da Daimler North America e ex-diretor da Rio Bravo Investimentos.

A gestora se coloca como especializada em gestão de participações e soluções de capital e faz desde investimento proprietário, como captação de recursos e assessoria em M&As (fusões e aquisições).

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O que deve mudar com a operação?

Na visão da XP Investimentos, do lado operacional, a operação deve contribuir para a desalavancagem da companhia, uma vez que a conversão deve reduzir a alavancagem da companhia em 0,7 vezes o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 2,2 vezes a dívida líquida (DL)/Ebitda, o que implica em uma economia em torno de R$ 230 milhões em despesas financeiras de acordo com a notícia anteriormente mencionada (versus um resultado financeiro negativo de R$ 920 milhões no 1T25).

“Como referência, lembramos que Casas Bahia reportou uma dívida bruta de R$ 4,4 bilhões no 1T25, com dívida líquida de R$3,2 bilhões e um Ebitda (últimos 12 meses) de R$ 2,15 bilhões”, aponta a XP Investimentos.

Por que as ações podem cair?

A XP Investimentos faz um alerta para os acionistas, destacando os motivos para poder ver uma forte queda do papel.

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Com o movimento, os acionistas minoritários terão uma forte diluição na base acionária, passando a deter apenas 14,5% da companhia, versus 100% anteriormente.

“Apesar da conversão levar a uma redução na despesa financeira e, consequente, melhorar o fluxo de caixa da companhia, isso pode não ser totalmente refletido nos preços atuais. Dessa forma, poderemos ver uma queda no papel para ajustar para sua nova participação”, aponta a XP. No começo da tarde desta quinta, BHIA3 caía 3,30%, a R$ 2,93.

A Genial aponta que a conversão reduz alavancagem e marca nova governança, mas a forte diluição e concentração acionária levantam alertas sobre o free float.

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Saiba mais:

A casa de research, contudo, tem recomendação de compra para BHIA3, com preço-alvo de R$ 4. A Genial fez uma mudança tática de recomendação de olho no resultado do 2T25, a ser divulgado no dia 13 de agosto, acreditando que a performance da companhia pode superar a de seu principal concorrente, o Magazine Luiza (MGLU3).

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