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Previ vende fatia na BRF por R$ 1,9 bi e vê riscos com fusão; ação BRFS3 cai 4,55%
Economia

Previ vende fatia na BRF por R$ 1,9 bi e vê riscos com fusão; ação BRFS3 cai 4,55% 

O fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), Previ, anunciou nesta segunda-feira que encerrou sua participação na BRF (BRFS3), vendendo as ações que detinha da processadora de alimentos por R$ 1,9 bilhão. Assim, encerrou “um ciclo de mais de três décadas de participação no ativo”.

O fundo já havia reduzido no mês passado sua participação na companhia, que planeja uma fusão com a Marfrig (MRFG3), para 4,93%, participação equivalente a 83.000.845 ações ordinárias.

Na sessão desta segunda-feira (14), a ação BRFS3 caiu 4,55% (R$ 21), enquanto MRFG3 fechou estável (R$ 23).

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Segundo comunicado da Previ nesta segunda, o recurso está sendo reinvestido integralmente em títulos públicos federais de longo prazo.

“A decisão foi tomada em conformidade com a Política de Investimentos do plano, que orienta a realocação de ativos com base em critérios técnicos, priorizando a liquidez, a prudência e a aderência ao passivo do plano”, afirmou.

De acordo com o fundo de pensão, a operação antecipa possíveis impactos negativos decorrentes da futura incorporação de BRF e Marfrig, caso ela se concretize.

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“A Previ entende que a relação de troca proposta na fusão não reflete adequadamente o valor da BRF, o que poderia resultar em perdas para os acionistas minoritários e, consequentemente, para os associados.”

Cabe destacar que a assembleia que avaliaria a incorporação da BRF pela Marfrig, marcada para esta 2ª, foi adiada pela 2ª vez consecutiva.

Histórico do investimento

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O investimento da Previ no ativo teve início em 1994, ainda antes da formação da BRF, por meio de participações nas companhias Sadia e Perdigão.

A rentabilidade acumulada da BRF nos últimos dois anos foi de 120,30%, contra 14,62% do Ibovespa no mesmo período. “O retorno histórico de longo prazo do investimento, fundamental para uma entidade previdenciária como a Previ que tem como foco o pagamento de benefícios, superou o Ibovespa em 83,52% e a meta atuarial em 16,05%. Esses números demonstram a eficácia da estratégia de investimento da Previ”, apontou o Previ.

O Previ ressaltou que, ao longo dos anos, a BRF enfrentou desafios operacionais, mas também apresentou períodos de recuperação. “Em 2024 registrou o melhor desempenho da sua história, com lucro líquido de R$ 3,7 bilhões e pagamento de R$ 1,1 bilhão em juros sobre capital próprio. No primeiro trimestre de 2025, o lucro líquido foi de R$ 1,2 bilhão, o dobro do mesmo período do ano anterior”, avaliou em comunicado.

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O fundo ressaltou que a venda integral da posição em BRF ocorre em um momento oportuno, diante do atual cenário macroeconômico internacional e incertezas quanto ao futuro da empresa, após a incorporação pela Marfrig.

“Além de maximizar os ganhos do investimento, o desinvestimento em BRF traz também mais segurança para o Plano 1 e, consequentemente, para todos os seus associados. Aproveitando o momento de juros elevados, o valor recebido pela venda das ações, que totaliza R$ 1,9 bilhão, está sendo revertido em compras de títulos públicos federais de longo prazo, como NTN-B, com taxa média de 7,45% mais IPCA até o momento, frente a um atuarial de 4,75%. Isso reforça o processo de equilíbrio entre a posição de renda variável e renda fixa em conformidade com o planejado na política de investimentos”, conclui.

(com Reuters)

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