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por que as ações da Lojas Renner desabam mesmo com resultados positivos?
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por que as ações da Lojas Renner desabam mesmo com resultados positivos? 

As ações da Lojas Renner (LREN3) registram forte queda na sessão desta sexta-feira (8), interrompendo assim uma sequência de 5 sessões de alta e avanço acumulado de 9,40%. Às 11h20 (horário de Brasília), os ativos caíam 6,54%, a R$ 16,86, com os investidores embolsando lucros após os números divulgados do segundo trimestre de 2025 (2T25).

A visão geral do mercado é de que os resultados foram bastante positivos, ainda que com algumas linhas não tão positivas do balanço.

Na visão da XP Investimentos, os números ficaram em linha com o consenso, com forte desempenho em Vendas Mesmas Lojas (SSS) de vestuário e margem bruta, embora com despesas administrativas (SG&A) mais elevadas.

“Embora não tenha sido um resultado acima do esperado, os números trazem métricas importantes que sustentam nossa visão construtiva para o futuro, a saber: (i) Forte desempenho em SSS, superando os pares, parcialmente explicado por uma base de comparação mais fácil, mas também contando com uma maior produtividade base; e (ii) Margem bruta acima do esperado, que foi um KPI (indicador) chave monitorado para avaliar o sucesso dos investimentos estratégicos da empresa, com a gestão destacando que ainda há muito potencial a ser capturado”, aponta a XP, que mantém recomendação de compra.

No varejo, aponta a XP, a margem bruta subiu 0,90 ponto percentual ano a ano (+0,80 ponto percentual, ou p.p., versus estimativa XP), superando as expectativas mais uma vez, devido a um mix favorável (mais produtos de inverno), menores níveis de descontos e aumentos de preços.

Enquanto isso, a margem Ebitda ajustada (IFRS, excluindo créditos fiscais) subiu 2 pontos percentuais, com o varejo crescendo 2,90 p.p, pois a empresa conseguiu diluir as despesas administrativas apesar do aumento das despesas variáveis, SOP e provisões para bônus e mão de obra.

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Já o JPMorgan aponta que, embora a Renner tenha reportado bons resultados no 2T25, com LPA (Lucro Por Ação) ajustado de R$ 0,35 em relação aos R$ 0,26 do ano passado, os números ficaram cerca de 10% abaixo da projeção do banco e do consenso, devido a perdas monetárias com despesas financeiras acima do esperado e a uma perda em relação ao resultado Realize.

“Observando as tendências operacionais, o Ebitda do varejo principal ficou em linha com as nossas estimativas revisadas para cima e o consenso, enquanto registrou um forte crescimento de 17,3% no SSS (contra 15,8% previsto), além das comparações suaves do 2T24, devido à situação das enchentes do ano passado [no Rio Grande do Sul]”, avalia.

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Ainda assim, do ponto de vista de fundamentos, o alto crescimento foi acompanhado por sinais de uma execução fortalecida que podem ser bem recebidos pelos investidores, como: 1) uma margem bruta mais forte do que o esperado, refletindo baixas remarcações e maior capacidade de resposta; 2) sólida alavancagem operacional e 3) uma margem Ebitda para a Unidade de Negócios de Varejo próxima aos níveis de 2019 — sugerindo que uma alavancagem operacional potencialmente melhor poderia levar a lucratividade aos seus níveis máximos mais cedo do que o esperado; e 4) um FCF (fluxo de caixa livre) que deve continuar a ser convertido em dinheiro de volta aos acionistas.

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O banco, mesmo vendo tendências operacionais positivas, acreditava que a reação positiva esperada do preço das ações deveria ser atenuada pelo desempenho superior desta semana em 6% em relação ao Ibovespa. A recomendação segue overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para os ativos.

A Monte Bravo ressaltou que a estrutura de capital da companhia continua bastante tranquila e que a Renner hoje é uma das poucas empresas brasileiras no varejo que tem mais caixa do que dívida.

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“Apesar de estarmos confortáveis com a tese de Renner hoje, entendemos que o segmento que a companhia opera tem sido um dos mais complexos nos últimos anos. Isso acontece por alguns fatores: (i) entrada de plataformas internacionais no mercado; (ii) revolução no marketing e na maneira de promover novas coleções; (iii) competição de fintechs no nicho de crédito que operava; (iv) desafio de lançar novas coleções graças às oscilações de temperatura dentro de uma mesma estação; e (v) maior penetração de e-commerce”, avalia. De qualquer forma, a casa segue com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 20,50.

A Genial Investimentos também segue confiante com a tese. “Vemos espaço para a Renner continuar entregando bons resultados no 2º semestre, amparada pelo aumento da renda disponível, maior investimento em expansão de lojas e um ambiente mais favorável para o consumo discricionário de tíquete baixo. Reiteramos nossa recomendação de compra”, avalia.

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