A fabricante de papel e celulose Klabin (KLBN11) divulgou nesta terça-feira (5) seus resultados do segundo trimestre de 2025, com EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 2,041 bilhões, em linha com o consenso de mercado. Às 14h45 (horário de Brasília) desta terça-feira (5), as units da companhia caíam 1,20%, cotadas a R$ 18,13.
No geral, Santander avalia que a companhia apresentou resultados sólidos, impulsionados principalmente pelo bom desempenho da divisão de celulose, cujo EBITDA atingiu R$ 864 milhões, representando 42% do EBITDA total do trimestre.
De acordo com o banco, o desempenho foi sustentado por maiores volumes de vendas e preços médios realizados mais altos, que mais do que compensaram o aumento do custo caixa por tonelada, influenciado por maiores custos com fibra devido ao excesso de chuvas nas áreas operacionais e despesas mais altas com compras pontuais.

Na divisão de papel, as vendas cresceram para 345 mil toneladas, ficando 2% acima da estimativa do Santander. Já as vendas da divisão de embalagens avançaram para 272 mil toneladas, superando em 3% a projeção do banco.
Com o bom desempenho da celulose, a participação de papel e embalagens no resultado consolidado recuou para 58% ante 63% no 1T25. No trimestre, a companhia gerou R$ 134 milhões de fluxo de caixa livre ante R$ 528 milhões no 1T25, com o resultado operacional positivo sendo parcialmente compensado por maior capex e despesas mais altas com juros.
A alavancagem em dólares ficou em 3,9 vezes, em linha com a política financeira da Klabin. O Santander manteve recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 33.
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O Bradesco BBI destacou que a Klabin registrou um EBITDA em linha com suas estimativas, sustentado por maiores volumes de celulose e resultados mais robustos no segmento de papelão ondulado. Ainda assim, a instituição ressaltou que a atenção do mercado deve se voltar para as tendências do terceiro trimestre de 2025, especialmente em relação aos cartões revestidos e aos custos caixa de celulose.
O Bradesco BBI reiterou sua preferência por Klabin no setor, com recomendação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 25.
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O Itaú BBA destaca a Klabin reportou um Ebitda 5% abaixo da sua estimativa, de R$ 2,15 bilhões, provocada principalmente por um desempenho abaixo do esperado nas receitas e nos custos, tanto na área de celulose quanto na de papel e embalagens.
Já a melhora sequencial nos resultados veio da recuperação da celulose, embora partindo de uma base fraca, enquanto os números de papel e embalagens ficaram praticamente estáveis. O destaque positivo foi o volume de caixas de papelão ondulado.
Já a geração de caixa livre após dividendos e investimentos especiais/expansão foi fraca, somando R$ 134 milhões, o que representa um rendimento anualizado de apenas 2%, impactado pela maior necessidade de capital de giro.
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A alavancagem financeira (nível de endividamento), por sua vez, ficou estável em dólares, em 3,9 vezes. Apesar disso, o BBA manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 25 para o final de 2025.
Em relação ao modelo do Morgan Stanley, a receita líquida levemente maior e os custos menores foram compensados por despesas de vendas, gerais e administrativas (SG&A) mais altas, representando 14,9% da receita líquida contra estimativa do Morgan Stanley de 13,3%.
O lucro por unidade (EPUnit) normalizado, de R$ 0,47, ficou abaixo da projeção do banco de R$ 0,70, mas superou o consenso de R$ 0,31. Segundo o Morgan Stanley, essa diferença em relação ao seu modelo foi explicada principalmente por despesas financeiras significativamente mais elevadas e menores ganhos cambiais e monetários, apesar da alíquota efetiva de imposto mais baixa.
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O Morgan reiterou classificação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 28.
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