O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, anunciou nesta terça-feira (21) a prisão de oito pessoas suspeitas de preparar atos de sabotagem em várias regiões do país. Segundo Tusk, as operações continuam em andamento e novas detenções não estão descartadas.
“A Agência de Segurança Interna (ABW), em colaboração com outros serviços, deteve durante os últimos dias em várias partes do país oito pessoas suspeitas de preparar atos de sabotagem”, afirmou o premiê em publicação no X. “O caso está em curso e novas atividades operacionais estão sendo realizadas”, acrescentou.
De acordo com o ministro dos Serviços Especiais, Tomasz Siemoniak, os suspeitos teriam realizado “reconhecimento de instalações militares e elementos críticos de infraestrutura, preparação de recursos para atos de sabotagem e execução direta de atentados”. Ele informou ainda que a ABW está cooperando com o Serviço de Contrainteligência Militar (SKW), a Polícia e a Promotoria Nacional.
Segundo a Euronews, as investigações indicam que parte das ações estaria relacionada à inteligência russa. As autoridades acreditam que o objetivo dos suspeitos era “intimidar populações e desestabilizar países da União Europeia que apoiam a Ucrânia”. O caso ocorre em meio a um aumento das atividades de espionagem e sabotagem ligadas à Rússia desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Nos últimos meses, a Polônia e outros países da Europa vêm registrando uma série de prisões e investigações relacionadas a operações de espionagem. Desde o início da guerra, as forças de segurança polonesas já detiveram dezenas de pessoas por envolvimento em espionagem e sabotagem, em um esforço para proteger a infraestrutura militar e civil do país, que é um dos principais aliados da Ucrânia dentro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
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