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Plásticos afetam tireoide e cérebro de crianças, diz estudo da U. Porto
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Plásticos afetam tireoide e cérebro de crianças, diz estudo da U. Porto 

A exposição contínua a plastificantes, como os ftalatos, e a microplásticos representa um risco significativo para o funcionamento da glândula tireoide e o desenvolvimento de crianças e adolescentes. É o que revela um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), divulgado neste domingo (13).

Os ftalatos são substâncias químicas usadas para tornar plásticos como o PVC mais flexíveis e estão presentes em embalagens de alimentos, roupas, brinquedos, cosméticos e até em produtos de higiene pessoal. Segundo a FMUP, essas substâncias têm impacto direto na saúde humana, alterando o equilíbrio hormonal, principalmente o da tireoide.

A pesquisa, publicada em janeiro na revista científica European Journal of Pediatrics, analisou dados de mais de 5.600 crianças e adolescentes de diferentes países. Os resultados mostraram que a exposição aos ftalatos está associada ao aumento dos níveis do hormônio T3 e à redução do T4 total — hormônios essenciais ao funcionamento da tireoide.

“Com o passar das décadas, começamos a entender que esses plastificantes estão por toda parte e afetam praticamente todos os organismos vivos. Vivemos cercados por plásticos. É quase impossível fazer compras sem eles — até os sucos infantis vêm envolvidos em plástico”, explica a professora Augusta Coelho, uma das autoras do estudo.

Para ela, os pediatras têm um papel fundamental ao orientar pais sobre os riscos e sugerir alternativas, como usar recipientes de vidro ou aço inoxidável para armazenar alimentos e evitar aquecer comida em embalagens plásticas.

“Hoje falamos com os pais sobre segurança no carro, por exemplo, mas também deveríamos incentivá-los a proteger as crianças da exposição a microplásticos. Essa geração está sujeita a níveis elevados de ftalatos e ainda não sabemos o impacto disso nas próximas décadas”, alerta a pesquisadora.

Além das consequências hormonais, o estudo reforça as evidências sobre os efeitos neurotóxicos dessas substâncias, apontando riscos ao desenvolvimento cerebral infantil.

De acordo com Augusta Coelho, apesar das medidas adotadas pela União Europeia para restringir o uso de ftalatos tóxicos — como DEHP, BBZP, DiBP e DNBP — em brinquedos, cosméticos e produtos em contato com alimentos, a regulamentação ainda é desigual fora do bloco, o que permite que produtos com essas substâncias ainda sejam comercializados em países europeus.

Algumas das restrições incluem:

Proibição do uso de ftalatos tóxicos para reprodução em cosméticos;
Proibição dos ftalatos DEHP, DNBP, DiBP e BBZP em brinquedos e produtos de puericultura;
Restrições específicas para ftalatos como DINP, DIDP e DNOP em brinquedos que possam ser levados à boca;
Limites de BPA em brinquedos destinados a crianças de até três anos.

“O ideal seria uma discussão mais ampla e política sobre o tipo de futuro que queremos oferecer às próximas gerações”, conclui a professora.

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Notícias ao Minuto | 06:10 – 14/07/2025

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