A Petrobras (PETR3;PETR4) divulgou resultado do segundo trimestre de 2025 (2T25) nesta quinta-feira (7). A petroleira apurou lucro líquido de R$ 26,65 bilhões, revertendo prejuízo observado no mesmo período do ano passado.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 52,3 bilhões, 5,1% maior que o observado no segundo trimestre de 2024. A receita de vendas, no entanto, caiu no segundo trimestre, tanto ante mesmo período do ano passado (2,6% a menos) quanto na comparação trimestral (queda de 3,3%) e ficou em R$ 119 bilhões.
A Petrobras divulgou o lucro líquido sem eventos exclusivos em R$ 23,18 bilhões. A linha reflete queda de 10% no Brent e aumento das despesas operacionais.

De acordo com projeção de analistas consultados pela LSEG, o lucro líquido esperado era de R$ 20,129 bilhões, com uma receita de R$ 116,5 bilhões e um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 58,15 bilhões.
O fluxo de caixa livre caiu quase 40% na comparação com o segundo trimestre de 2024, em R$ 19,2 bilhões. Na comparação trimestral, também apresentou queda, apurando 26,1% do que o observado no primeiro trimestre.
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As despesas operacionais encolheram ligeiramente na comparação anual e ficaram negativas em R$ 26,46 bilhões. A dívida líquida, por sua vez, aumentou para R$ 68 bilhões, dos US$ 59 bilhões apurados no 2T24. Isso fez com que a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida/LTM EBITDA ajustado, crescesse para 1,53x (dos 0,95x apurados um ano atrás). As dívidas líquida e bruta da companhia são calculadas em dólar, ao contrário de outros indicadores presentes no balanço.
Destaques operacionais
O comunicado de divulgação de resultados do segundo trimestre destaca o aumento da produção de óleo. A Petrobras apresentou lucro líquido e Ebitda com e sem eventos exclusivos. O lucro líquido sem eventos exclusivos apresenta redução de 1,7% na comparação trimestral, enquanto, considerando os eventos exclusivos, a queda entre trimestres foi maior e ficou em 24%.
A companhia já antecipa impacto no caixa no terceiro trimestre de 2025, porque será deduzido do pagamento final o ressarcimento de investimentos realizados pela Petrobras no Acordo de Individualização da Produção (AIP) da Jazida Compartilhada de Jubarte. O acordo foi aprovado em julho desde ano, entrou em vigor dia 1º de agosto e prevê 97% de participação da estatal, 0,43% da Shell, 0,19% da Brava, 0,23% da ONGC e 1,89% da União.
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