A polícia da Espanha prendeu 13 pessoas suspeitas de serem integrantes da primeira célula do grupo criminoso Tren de Aragua estabelecida no país europeu. O Tren de Aragua é uma organização criminosa originária da Venezuela, considerada a mais importante do país, e que se expandiu para outras nações.
A operação, denominada Interciti, foi anunciada nesta sexta-feira (7). Sua primeira fase ocorreu em março de 2024, quando o irmão do líder internacional da organização foi preso em Barcelona.
Nesta segunda fase, agentes prenderam oito supostos membros do Tren de Aragua em Barcelona, dois em Madri e um em cada uma das seguintes cidades: Girona, La Coruña e Valência.
A polícia também desmantelou dois laboratórios de produção de cocaína rosa, conhecida como “tusi”, principal fonte de renda do grupo criminoso, além do tráfico de cocaína.
Em cinco operações, as autoridades apreenderam diversas quantidades de drogas sintéticas, cocaína e uma plantação de maconha em ambiente fechado.
As prisões são resultado de investigações de uma força-tarefa específica da polícia espanhola contra o estabelecimento dessa organização criminosa na Espanha, com o apoio, neste caso, da Polícia Nacional da Colômbia e do projeto Ameripol-El Pacto 2.0 da União Europeia.
Em agosto, quando o governo dos Estados Unidos elevou para US$ 50 milhões o valor que oferece por informações que levem à prisão e condenação do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, a procuradora-geral Pam Bondi disse que o líder chavista “usa organizações terroristas estrangeiras como Tren de Aragua, [Cartel de] Sinaloa e Cartel de Los Soles para trazer drogas letais e violência para o nosso país”.
Este ano, a gestão Donald Trump designou o Tren de Aragua e carteis do México e de El Salvador como organizações terroristas.
Maduro, considerado pelos Estados Unidos o líder do Cartel de Los Soles, nega relações com grupos criminosos e em setembro ofereceu “ajuda” a Trump para prender líderes do Tren de Aragua.
No final de agosto, com base na designação de carteis como organizações terroristas, os Estados Unidos iniciaram uma grande operação contra o tráfico de drogas no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico, que o regime da Venezuela considera uma desculpa para tirar Maduro do poder.
Desde o início de setembro, as forças americanas já realizaram 17 ataques contra 18 embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico (dez no Mar do Caribe e oito no Pacífico) e pelo menos 69 pessoas morreram.
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