A temporada de resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25) ganha força, com a Usiminas (USIM5) divulgando seus números na sexta-feira (24), antes da abertura do mercado. Gerdau (GGBR4) divulga seus números após o fechamento no dia 30 de outubro, enquanto CSN (CSNA3) revela os dados em 4 de novembro, depois do fechamento da Bolsa.
O Bank of America aponta que, embora os resultados no Brasil permaneçam fracos, eles devem ser compensados por tendências mais positivas em outras regiões, especialmente na América do Norte, e pelos resultados da mineração.
A CSN deve registrar o maior aumento nos lucros. No entanto, ainda espera uma grande queima de caixa no trimestre. Enquanto isso, os resultados da Usiminas podem melhorar ligeiramente, impulsionados pelos melhores resultados do minério de ferro. A Gerdau, por sua vez, deve ver o Ebitda (Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) permanecer relativamente estável, já que os resultados mais fortes na América do Norte, principalmente em termos de preço, devem compensar os resultados mais fracos no Brasil, também em termos de preço.
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Na visão da XP Investimentos, a Gerdau deve registrar mais um trimestre sólido, impulsionada pela unidade de negócios da América do Norte, com preços mais altos e custos controlados para aumentar as margens Ebitda, enquanto a unidade do Brasil pode enfrentar pressão de preços mais baixos, parcialmente compensados por reduções de custos.
O Itaú BBA também aponta que a Gerdau deverá registrar um ligeiro aumento sequencial no Ebitda do período, já que as melhorias na América do Norte mais do que compensaram o declínio no Brasil. “Esperamos um aumento de 5% no Ebitda na comparação trimestral, atingindo R$ 2,750 bilhões”, avalia.
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Olhando para o futuro, o foco permanece em equilibrar o carrego positivo dos preços do aço nos EUA com a sazonalidade mais fraca na região no quarto trimestre. No Brasil, aponta que os investidores agora se concentrarão na potencial redução nos custos de produção do aço em 2026, após o início do empreendimento de mineração no quarto trimestre.
A Genial Investimentos avalia que a Gerdau deve voltar a gerar caixa. A expectativa é de um resultado operacional positivo, embora longe do ideal quando comparado ano a ano, por exemplo, com destaque para a ON América do Norte, sustentada por volumes mais altos – contrariando o efeito sazonal do período – e contração de custo vis-à-vis a suavização da taxa de câmbio. Isso contrasta com pressão de margem da operação Brasil, explicada pela compressão de preços realizados que tende a superar a retração de custos.
Já para a Usiminas, a XP espera que deva apresentar melhora trimestral, embora ainda sob pressão, com os preços mais baixos do aço parcialmente compensados pela economia de custos e preços mais altos do minério de ferro.
A Genial Investimentos ressalta que a projeção de um resultado consolidado basicamente estável sequencialmente, marcado por (i) volumes estáveis trimestralmente; (ii) deterioração de preço na divisão de aço (-3,3% na base trimestral) um pouco mais intensa do que a queda dos custos dos produtos vendidos (-3%); e (iii) alta marginal de realização em mineração, puxada pela elevação do preço da referência 62% do ferro (+4,1% na base trimestral), parcialmente suavizada pela contração na taxa de câmbio.
Esses fatores, avalia a Genial, devem contribuir para uma estagnação do Ebitda em R$ 411 milhões na estimativa da casa (+0,6% trimestre a trimestre e queda anual de 3,6%), refletindo um ambiente ainda adverso.
O Itaú BBA aponta que as empresas de minério de ferro e siderúrgicas devem ser o destaque desta temporada, com uma sólida melhora sequencial nos resultados, impulsionada principalmente por preços mais altos do minério e mecanismos positivos de precificação.
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O BofA projeta leve alta do Ebitda, de R$ 408 milhões para R$ 417 milhões, impulsionado por melhores resultados na mineração, enquanto o setor siderúrgico deve ficar estável.
Sobre a CSN, a XP também espera resultados positivos no 3T25, com receita líquida de R$ 11,5 bilhões, +8% no trimestre e +4% no ano anterior, e Ebitda de R$ 3,1 bilhões, +34% no ano anterior e +16% no trimestre.
A equipe da XP observa que: (i) as operações de mineração da CSN impactarão positivamente os resultados da CSN, impulsionadas por maiores preços e volumes realizados de minério de ferro; (ii) desempenho mais fraco na divisão de aço da CSN, impulsionado por preços realizados mais baixos, volumes de vendas ligeiramente maiores em relação ao trimestre anterior e menor custo caixa por tonelada (margem Ebitda de 8,1% no 3T25 versus 10,8% no 2T25). Além disso, espera que as demais divisões da CSN apresentem resultados melhores, com Ebitda total (excluindo Mineração e Siderurgia) de R$ 940 milhões.
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O BofA espera um aumento de 24% no Ebitda, para R$ 3,243 bilhões no trimestre, impulsionado por melhores resultados na mineração e outros, o que deve compensar os menores resultados no setor siderúrgico. O Ebitda do setor siderúrgico da CSN deve diminuir 24%, para R$ 443 milhões (margem de 8,8%), impulsionado principalmente por preços mais baixos.
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