Só em 2025, as ações da Cogna (COGN3) subiram mais de 160%. A educacional divulga balanço após o fechamento do mercado nesta quarta-feira (6) e o mercado pergunta: os números justificarão o entusiasmo de investidores com o papel neste ano?
De acordo com analistas, sim. Apesar de esperar que o setor traga resultados mistos, a maioria das análises espera mais um trimestre forte para a Cogna, que se mantém em trajetória ascendente nos principais indicadores divulgados nos últimos balanços.
Momentum
A XP tem perspectivas fortes para a educacional e sugere que o momentum nas bases de alunos do ensino superior devem ser a principal tônica para nomes do setor.

“Como não esperamos grandes mudanças nas taxas de evasão, acreditamos que a COGN3 deve impulsionar o momentum da receita da Kroton e ser positivamente impactada pelas entregas de outros segmentos, enquanto a Yduqs (YDUQ3) pode apresentar um desempenho tímido em termos de crescimento”, sugere o relatório.
A visão do Itaú BBA é similar e coloca a companhia como destaque na temporada de resultados do segundo trimestre. O banco antecipa crescimento de 15% na receita líquida e desempenho positivo em todas as unidades de negócio.
Já a XP diz que espera que a Yduqs (YDUQ3) apresente resultados fracos no segundo trimestre, com uma expansão da receita líquida na casa dos dígitos médios, acompanhada de uma contração na margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) devido a maiores pagamentos para hubs e despesas com pessoal.
Continua depois da publicidade
Segundo a XP, a receita líquida deve registrar um leve aumento ano a ano, impulsionada pela forte expansão da base de estudantes e pela resiliência das receitas dos cursos premium, além de uma boa captação presencial decorrente dos cursos híbridos.
Confira:
Por outro lado, o segmento digital deve continuar a frear o crescimento na comparação anual e compensar parcialmente a expansão de outros segmentos, enquanto a provisão relacionada à isenção para estudantes não engajados também deve ser um fator negativo para o crescimento da receita líquida.
Continua depois da publicidade
A XP afirma que a margem EBITDA ajustada deve cair ano a ano devido a (i) maiores pagamentos para hubs no segmento presencial, à medida que a base de estudantes dos cursos híbridos cresce; (ii) maiores despesas com pessoal em todos os segmentos; e (iii) uma base de comparação difícil, devido à reversão de provisão no segmento presencial, com uma leve melhora proveniente de (iv) menores despesas com provisão para devedores duvidosos (PDA) no segmento digital. Por fim, a XP projeta que o lucro líquido ajustado deve ficar em R$ 26 milhões, com resultados financeiros ainda pesando negativamente.
O Itaú BBA acredita que a temporada de resultados do segundo trimestre das educacionais possa apresentar menos surpresas, pois não há volume relevante de captação de alunos.
O banco espera um trimestre fraco para a Ânima, com desaceleração no crescimento da receita devido à sazonalidade negativa do período. No entanto, destaca que a Inspirali deve continuar como um ponto positivo, impulsionada pela maturação dos assentos de medicina e uma dinâmica saudável de precificação. O Itaú BBA projeta uma receita líquida consolidada de R$ 1,007 bilhão, um aumento de 3,1% em relação ao ano anterior.
Continua depois da publicidade
Quanto à rentabilidade, o banco prevê aumento nos custos, o que deve pressionar a margem bruta, mas espera que isso seja compensado por maiores eficiências nas despesas gerais e administrativas, resultando em uma margem EBITDA ajustada de 34,7%, estável em relação ao ano anterior.
Por fim, o Itaú BBA indica que a combinação da sazonalidade mais fraca com maior investimento em capital deve levar a um fluxo de caixa livre negativo de R$ 53 milhões no segundo trimestre.
Fique conectado