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Nvidia recebe aval dos EUA e vai retomar envio de chips H20 para a China

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, anunciou nesta terça-feira (15), em Pequim, que a empresa obteve autorização do governo dos Estados Unidos para retomar o envio de seus chips avançados H20 para a China. A liberação ocorre em meio às tensões comerciais entre os dois países e representa uma vitória estratégica para a gigante americana de tecnologia.

“A Casa Branca nos garantiu que as licenças serão concedidas, e esperamos iniciar as entregas em breve”, informou a Nvidia em comunicado. O anúncio foi confirmado por Huang durante uma conferência transmitida pela emissora estatal CGTN.

“Hoje anuncio que o governo dos EUA aprovou a apresentação das licenças para que possamos começar a enviar os H20”, declarou o executivo. Ele também ressaltou que cerca de metade dos pesquisadores em inteligência artificial do mundo está na China. “O ambiente aqui é tão inovador e dinâmico que é essencial que empresas americanas possam competir e atender esse mercado.”

Esta é a terceira visita de Huang ao país asiático em 2025. A presença em Pequim ocorre num momento em que a Nvidia tenta manter sua posição em um de seus maiores mercados, mesmo diante do aumento das restrições impostas por Washington. O executivo participou nesta semana da China International Supply Chain Expo e se reuniu com Ren Hongbin, presidente do Conselho Chinês para Promoção do Comércio Internacional.

Em entrevista à emissora CCTV, Huang elogiou o “tamanho e vitalidade” do mercado chinês e demonstrou entusiasmo com o avanço da inteligência artificial no país. Ele também destacou a importância de as empresas dos EUA “criarem raízes” no mercado local.

A Nvidia tem colhido os frutos da explosão global da IA e, recentemente, se tornou a primeira empresa do mundo a ultrapassar os 4 trilhões de dólares em valor de mercado. No entanto, o setor de semicondutores segue sob forte pressão devido às restrições comerciais entre Estados Unidos e China.

Em abril, a Casa Branca havia anunciado novas limitações para a exportação dos chips H20 da Nvidia e MI308 da AMD, o que poderia representar uma perda de até US$ 5,5 bilhões para a empresa. A decisão levou Huang e outros líderes do setor a pressionarem o governo de Donald Trump para revisar as medidas, sob o argumento de que isso prejudicaria a competitividade dos EUA e impulsionaria os avanços tecnológicos chineses.

Para contornar as restrições, a Nvidia planeja lançar versões modificadas de seus chips, adaptadas às regras de exportação norte-americanas, a fim de manter sua atuação no mercado chinês.

Huang, que já havia classificado os controles de exportação como um “fracasso” por incentivarem a criação de alternativas locais, segue defendendo o estreitamento da relação entre as duas potências. Em visita à China em abril, ele chegou a expressar ao vice-primeiro-ministro He Lifeng o desejo de aprofundar a presença da Nvidia no país e de contribuir para o fortalecimento da cooperação econômica e comercial entre os dois lados.

Apesar do domínio da Nvidia no segmento, empresas chinesas como a DeepSeek têm avançado. A companhia local revelou que conseguiu treinar seu modelo R-1 com os chips H800, uma versão limitada da Nvidia, e desde então as ações da empresa americana chegaram a recuar até 12%.

O setor dos semicondutores é estratégico para a China, que procura alcançar a autossuficiência tecnológica e reduzir a dependência externa, num contexto de sanções e tensões com Washington.

Após atingir valor recorde de mercado, empresa pretende lançar um chip de IA com recursos limitados para o mercado chinês. A iniciativa busca contornar as barreiras impostas por Washington e retomar espaço perdido para concorrentes como a Huawei no setor de data centers

Notícias ao Minuto | 07:20 – 13/07/2025

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