O Morgan Stanley manteve recomendação underweight (exposição abaixo da média do mercado, equivalente à venda) para as ações da CSN (CSNA3), com preço-alvo de R$ 7,70 por ação para meados de 2026, após atualizar suas projeções para o período de 2025 a 2028. Às 10h51, a ação da siderúrgica caía 0,94%, a R$ 7,34.
A revisão incorpora o segmento multimodal da divisão de logística ao modelo do banco, que agora projeta um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 2,615 bilhões no 3T25 (+2,3% ante a estimativa anterior), R$ 10,462 bilhões em 2025 (+2,0%), R$ 11,120 bilhões em 2026 (inalterado), R$ 11,810 bilhões em 2027 (+1%) e R$ 17,500 bilhões em 2028 (inalterado). As novas estimativas de prejuízo por ação (EPS) normalizado são de R$ 0,36 no 3T25, R$ 1,27 em 2025, R$ 1,20 em 2026 e R$ 0,79 em 2027, com reversão para lucro apenas em 2028, estimado em R$ 0,79.
Segundo a instituição, a combinação de um negócio cíclico, o apetite da companhia por investimentos e o elevado nível de alavancagem cria um perfil de risco-retorno desafiador.

O banco projeta que o alto capex, aliado à entrega de contratos de minério de ferro pré-pagos, resultará em fluxo de caixa livre negativo até 2028, sem pagamento de dividendos nos próximos anos.
Além disso, o Morgan aponta riscos de execução no principal projeto de crescimento da companhia (P15) e avalia que o elevado volume de importações de aço no Brasil deve manter a concorrência acirrada e os preços sob pressão, limitando a rentabilidade. Pelas estimativas de EBITDA para 2026, as ações são negociadas acima da média histórica de 5 anos, de 4,5 vezes.
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