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Morgan rebaixa recomendação para Rede D’Or e reforça visão positiva para Hapvida
Economia

Morgan rebaixa recomendação para Rede D’Or e reforça visão positiva para Hapvida 

O Morgan Stanley rebaixou a recomendação das ações da Rede D’Or (RDOR3) de overweight (acima da média do mercado, equivalente à compra) para equal-weight (em linha com o mercado, equivalente à neutra), com preço-alvo passando de R$ 37 para R$ 36. O banco ainda tirou o status de top pick (preferida) do setor, citando uma desaceleração no ritmo de maturação de hospitais, limitação de expansão e valuation já ajustado.

Em contrapartida, o banco americano manteve recomendação overweight para Hapvida (HAPV3), com leve redução do preço-alvo de R$ 60 para R$ 59,50, destacando que a empresa segue subavaliada e bem posicionada para crescer tanto em mercados principais quanto em regiões pouco exploradas.

Rede D’Or tem pouco espaço para crescer

A redução no plano de expansão de leitos da Rede D’Or foi recebida com frustração, mas o Morgan Stanley avalia que a decisão é fundamentada. Em uma análise de 72 dos 76 hospitais da companhia, o banco estimou que a empresa detém 24,6% do mercado de leitos premium.

No entanto, 42 dessas unidades apresentam uma relação de beneficiários por leito inferior à mediana regional — sinal de possível excesso de capacidade ou problemas de credenciamento, sugerindo uma maturação mais lenta.

Com isso, o Morgan projeta que a operação total dos ativos ocorrerá apenas até 2035, com 96% de ocupação. O pipeline atual, de 3,2 mil leitos (80% brownfield), é considerado adequado à demanda, mas o potencial de crescimento além desse ponto parece limitado.

Além disso, para que as projeções do mercado se concretizem, a Rede D’Or teria que adicionar cerca de 682 leitos ao pipeline atual ou acelerar a ocupação para 80-81% — cenários considerados pouco prováveis, especialmente após a recente revisão para baixo do guidance da companhia.

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O Morgan projeta que o mercado está excessivamente otimista quanto à velocidade de maturação da Rede D’Or, e espera um ajuste gradual das expectativas, o que pode pressionar as ações. Apesar disso, o banco não recomenda venda (underweight), pois considera que o preço atual já incorpora um cenário conservador de crescimento. Com potencial de alta estimado em 10%, abaixo do custo de capital (15,8%), o papel é classificado como equal-weight.

O Morgan Stanley vê a Hapvida como líder no segmento de saúde de menor renda, com cerca de 19% dos prêmios e 21% dos beneficiários. Em regiões onde já atua com estrutura própria, a empresa poderia adicionar até 1,2 milhão de vidas sem necessidade de grandes investimentos.

Além disso, estima-se que regiões subpenetradas, como Cuiabá, Vitória e Florianópolis, podem representar um potencial adicional de 680 mil beneficiários, se a companhia alcançar 25% de participação nesses mercados.

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