A missão de paz da ONU no Líbano (FINUL) anunciou nesta quinta-feira (7) que suas tropas encontraram uma “extensa” rede de túneis no sul do país, em cujo interior apareceram uma série de bunkers, munição e armamento de diferentes tipos.
“Enquanto realizava suas atividades rotineiras de acordo com a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU e em estreita coordenação com as Forças Armadas Libanesas, a FINUL descobriu uma extensa rede de túneis fortificados nas imediações de Tayr Harfa, Zibqin e Naqoura”, anunciou em um comunicado o porta-voz da missão, Andrea Tenenti.
Segundo a nota, os capacetes azuis encontraram em seu interior vários bunkers, peças de artilharia, plataformas para lançamento de foguetes, artefatos explosivos de diversos tipos e minas antitanque, assim como “centenas” de projéteis e foguetes.
Cerca de 10 mil soldados de diferentes países estão mobilizados na faixa libanesa que vai desde a fronteira de fato com Israel até o rio Litani, onde, até a recente implementação do cessar-fogo entre os dois países, havia uma forte presença do grupo terrorista Hezbollah.
O anúncio sobre a descoberta dos túneis ocorreu enquanto o governo libanês aborda o desarmamento do Hezbollah, algo que pretende realizar antes do final deste ano, mas o grupo armado patrocinado pelo Irã se nega a aceitar.
Irã reitera apoio ao Hezbollah
O Irã reiterou seu apoio ao Hezbollah, seu principal aliado anti-Israel, depois que o grupo rejeitou um plano apresentado pelo governo do Líbano para desarmá-lo.
“Qualquer decisão sobre essa questão caberá, em última instância, ao Hezbollah. Nós o apoiamos à distância, mas não intervimos em suas decisões”, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, em uma entrevista à televisão estatal na noite de quarta-feira.
Araqchi defendeu a capacidade de armamento do Hezbollah no confronto com Israel e disse que o lado israelense acredita que, após os golpes sofridos pelo grupo libanês no ano passado, “surgiu uma oportunidade propícia para implementar esse plano e desarmá-lo”.
Esses comentários foram feitos em meio à crescente pressão interna no Líbano para limitar o poder militar do grupo terrorista, em meio aos esforços internacionais para diminuir as tensões na fronteira com Israel.
Fique conectado