O dólar encerrou a terça-feira praticamente estável frente ao real, cotado a R$ 5,5056 no mercado à vista, em uma sessão marcada por baixa volatilidade e ajustes técnicos. A divisa oscilou entre leves altas e baixas ao longo do dia, com investidores avaliando o cenário internacional e o ambiente doméstico.
No plano político-econômico, o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos permanece no radar, enquanto a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro adicionou tensão ao ambiente.
O clima de espera e incerteza reduziu o ímpeto dos mercados e levou os traders de minidólar a adotarem postura mais defensiva, atentos tanto ao comportamento técnico do ativo quanto às possíveis reações diplomáticas que podem influenciar o câmbio nos próximos dias.
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Os contratos de minidólar (WDOU25), com vencimento em setembro, fecharam mais uma vez no campo negativo, registrando baixa de 0,31%, aos 5.541,5 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
A sequência de três sessões de baixa evidencia a perda de força compradora no curto prazo. O minidólar fechou o último pregão abaixo das médias de 9 e 21 períodos e voltou a trabalhar dentro de um canal descendente. Essa configuração técnica sugere continuidade do fluxo vendedor, principalmente se houver rompimento da faixa de suporte em 5.538,5/5.531,5 pontos.
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Caso essa região ceda, os próximos alvos passam a ser 5.520,5/5.509 pontos, com possível extensão até 5.504/5.494 pontos, onde compradores podem tentar reagir.
Por outro lado, para reverter a atual pressão, será necessário retomar os níveis de resistência em 5.551/5.565 pontos. Se essa faixa for superada com volume, o mercado pode buscar 5.573/5.585 pontos, com alvo posterior em 5.595/5.603 pontos.
A estrutura técnica diária passou por deterioração importante. O minidólar rompeu a base da consolidação e passou a operar abaixo das médias de 9 e 21 períodos, o que amplia o risco de buscar novas mínimas no curto prazo. A região de 5.531,5/5.509 pontos ganha destaque como suporte crítico: se rompida, poderá levar o ativo até 5.437,5 pontos, mínima de 2025.
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Do lado da alta, somente a reconquista da faixa entre 5.573 e 5.608 pontos pode sinalizar recuperação. Acima disso, o próximo obstáculo técnico será 5.676/5.701 pontos. O IFR(14) em 41,34 reforça o tom neutro com viés de baixa.
Saiba mais:
Dólar futuro (WDOU25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o minidólar também perdeu força e trabalha abaixo das médias de 9 e 21 períodos, respeitando o padrão baixista. O suporte mais próximo se mantém em 5.531,5/5.520 pontos, e o rompimento dessa faixa pode desencadear uma nova onda de vendas em direção a 5.504/5.478 pontos, com alvo mais longo em 5.452/5.422 pontos.
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Para tentar reverter o quadro, o mercado precisa retomar 5.551/5.573 pontos. Se conseguir sustentar esse movimento com volume, poderá buscar resistências em 5.603/5.610 pontos e, posteriormente, em 5.623,5/5.669,5 pontos.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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