Em uma semana marcada por escalada na tensão comercial global, o dólar encerrou a sexta-feira (12) praticamente estável, com leve alta de 0,12%, cotado a R$ 5,5481, mas acumulando valorização de 2,28% nos últimos cinco pregões. O movimento reflete a reação dos mercados à guerra tarifária desencadeada por Donald Trump, que anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e, mais recentemente, outra de 35% sobre importações do Canadá, a partir de 1º de agosto. Além disso, nesse final de semana, anunciou tarifaço de 30% a União Europeia e México. A expectativa é de mais mais avisos do presidente dos EUA esta semana.
A ameaça de elevação da tarifa-base para até 20% reacendeu o temor de uma guerra comercial ampla, o que impulsionou a aversão ao risco nos mercados emergentes. A valorização do dólar frente a outras moedas e o avanço do índice DXY reforçam esse cenário defensivo global.
Internamente, o real seguiu pressionado, mesmo com dados que mostraram resiliência da economia brasileira. O volume de serviços cresceu pelo quarto mês consecutivo e o Ministério da Fazenda revisou para cima a previsão do PIB de 2024 para 2,5%. No entanto, o foco dos investidores permaneceu na resposta do governo brasileiro às medidas de Trump. Para os traders do minidólar, o pregão foi mais contido do que nos dias anteriores, mas ainda inserido em um ambiente de alta volatilidade, exigindo atenção redobrada com os desdobramentos políticos e comerciais no cenário externo.
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Os contratos de minidólar (WDOQ25), com vencimento em agosto, encerraram a última sessão em alta de 0,52%, aos 5.590,5 pontos, retomando o movimento de valorização.
Análise do gráfico de 15 minutos
A recuperação registrada na última sexta-feira recoloca o minidólar em terreno mais favorável aos compradores no curto prazo. O fechamento acima das médias de 9 e 21 períodos mostra que o ativo pode tentar continuidade no movimento altista.
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Para seguir nesse caminho, o preço precisa superar a resistência em 5.593/5.611 pontos (1). Se esse nível for vencido com consistência, os próximos alvos se encontram em 5.620/5.638 (2) e 5.643,5/5.658 pontos (3).
Por outro lado, se perder o suporte em 5.581,5/5.567,5 pontos (1), o ativo pode recuar até as faixas de 5.555/5.547,5 (2) e 5.539/5.526 pontos (3). A atuação do volume será determinante para a definição de direção no intraday.
O gráfico diário segue oferecendo suporte ao cenário altista. O minidólar permanece acima das médias de 9 e 21 períodos, o que mantém o viés comprador, principalmente se houver rompimento da resistência em 5.620/5.658 pontos. Caso avance, o próximo objetivo técnico está na faixa entre 5.687/5.726 pontos.
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Por outro lado, se houver reversão, a atenção volta à zona de suporte em 5.535/5.467, que se rompida poderá colocar novamente no radar a mínima do ano em 5.438 pontos. O IFR (14) está em 51,64, em terreno neutro.
Saiba mais:
Dólar futuro (WDOQ25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o minidólar também apresentou recuperação e fechou a última sessão acima das médias móveis de 9 e 21 períodos. Esse comportamento reforça a expectativa de continuidade do movimento positivo, desde que o ativo consiga romper a resistência em 5.597/5.620 pontos (1).
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Caso esse rompimento ocorra, o próximo alvo está na região de 5.658/5.666 (2), com possível extensão até os 5.687 e alvo mais longo na região de 5.700 pontos (3).
Por outro lado, a perda do suporte em 5.567,5/5.555 pontos (1) pode intensificar o fluxo de venda, levando o preço até os 5.531,5/5.505 (2) e, em caso de continuidade, até 5.478/5.462 pontos (3).
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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