A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) criticou a pressão que o marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vem sofrendo para escolher um candidato para apoiar na eleição presidencial de 2026. Ele segue inelegível pela Justiça Eleitoral e foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão por supostamente liderar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Com isso, ele está impedido de concorrer no ano que vem e é apontado pelo seu partido, o PL, como o responsável por escolher o candidato da direita que irá herdar seu capital político.
“Bolsonaro é e continuará sendo o maior líder da direita no Brasil”, disse em entrevista à AFP publicada nesta sexta (17), em que ela se queixa das tentativas de impor ao ex-presidente “uma antecipação de candidatos”. “Ainda é cedo” para falar em candidaturas, pontuou.
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Michelle Bolsonaro também evitou se posicionar sobre uma eventual candidatura para vice-presidente de algum aliado de Bolsonaro ou mesmo de senadora. Ela poderia sair em uma eventual chapa com Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), apontado como candidato natural do ex-presidente, ou para representar o Distrito Federal no Senado.
“Qualquer decisão que eu venha tomar em relação a possíveis candidaturas passará por um debate profundo com o meu marido, com minhas filhas, com o PL e, em especial, será fruto de muita oração para que eu tenha o discernimento quanto à missão que Deus, eventualmente, queira me confiar”, afirmou.
Em meados de julho, Bolsonaro chegou a confirmá-la como pré-candidata ao Senado pelo Distrito Federal, durante uma entrevista coletiva, além do filho Carlos por Santa Catarina como um “interesse enorme” do PL para “equilibrar os poderes” no país.
O nome da ex-primeira-dama também vem sendo testado em sucessivas pesquisas eleitorais como herdeira do capital político de Bolsonaro, sendo a mais recente, da Quaest, apontando-a na segunda posição em uma disputa de primeiro turno com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 21% a 36%. No segundo turno, ela teria 34% contra 46% do petista, que deve concorrer à reeleição.
A ex-primeira dama afirmou, também à AFP, que a condenação de Bolsonaro no processo da suposta tentativa de golpe de Estado é uma “farsa judicial” e que as sanções impostas ao Brasil pelos Estados Unidos “vieram por culpa dos nossos governantes” e de “autoridades brasileiras […] que violam direitos humanos e princípios democráticos”.
Michelle Bolsonaro ainda se queixou sobre críticas por “expressões machistas” de Bolsonaro e afirmou que o feminismo “deixou de se preocupar com as necessidades reais das mulheres para mergulhar nos objetivos duvidosos da agenda ‘woke’”.
Por que a Gazeta do Povo publica pesquisas eleitorais
A Gazeta do Povo publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população.
Métodos de entrevistas, composição e número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar no resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, encontradas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas eleitorais.
Pesquisas publicadas nas últimas eleições, por exemplo, apontaram discrepâncias relevantes em relação ao resultado apresentado na urna. Feitos esses apontamentos, a Gazeta do Povo considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.
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