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Mesmo com alta de 40% no ano, ações brasileiras continuam atrativas, diz UBS
Economia

Mesmo com alta de 40% no ano, ações brasileiras continuam atrativas, diz UBS 

A UBS segue avaliando as ações brasileiras como atraentes, combinando altos retornos sobre o patrimônio, avaliações atrativas e o benefício de ventos favoráveis duplos do ciclo de afrouxamento monetário dos EUA.

O banco avaliou, em relatório divulgado nesta quarta-feira (24), que a probabilidade de que o BC reduzir as taxas de juros a partir do próximo ano também torna os ativos vantajosos, mesmo com os desafios fiscais locais persistindo. Na mesma cesta estaria também a possibilidade de manutenção do real como “comportado”, segundo analistas.

“Até agora neste ano, as ações brasileiras tiveram um desempenho forte, subindo cerca de 40% em termos de dólar americano. A valorização do BRL (real brasileiro) teve um papel nos retornos em USD, com a moeda subindo mais de 26% até 2025. O renovado interesse dos investidores internacionais tem sido um dos principais motores da alta dos ativos brasileiros”, diz o relatório.

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Na análise, o UBS também considerou crescentes expectativas de uma mudança na política econômica em 2026, independentemente do resultado da eleição presidencial. Mesmo elencando questões políticas, como eventual busca por reeleição de Lula e inegibilidade atual do ex-presidente Jair Bolsonaro, o banco estima que os fundamentos continuam sólidos.

“Olhando para frente, os próximos seis meses serão decisivos, à medida que os mercados precificam os efeitos do afrouxamento monetário tanto no Brasil quanto nos EUA, bem como possíveis mudanças de política após a eleição. Portanto, mantemos uma visão Atrativa sobre as ações brasileiras dentro da nossa estratégia global de ações”, sustentam os analistas.

A tese é calcada, também, na perspectiva de recuperação de lucros em 2026. Como traz o relatório, o consenso espera crescimento dos lucros para o índice MSCI Brasil na faixa de dígitos médios a altos no próximo ano. A UBS considera que a perspectiva é sustentada pela demanda doméstica resiliente que ajudaria a conter a inflação importada e apoia as margens.

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A demanda seria majoritariamente impulsionada pelo crescimento real dos salários, emprego, medidas fiscais que apoiam os ganhos do consumidor e da indústria, gestão disciplinada de custos e um real mais forte.

Mesmo com altas observadas, as avaliações das ações continuam atrativas, com o índice MSCI Brasil negociando a 8,8 vezes os lucros futuros — um desconto em relação à média dos últimos 10 anos. O retorno sobre o patrimônio está em 16,1%, bem acima da média dos mercados emergentes, que é de 12,9%.

“Essa combinação de avaliações baixas e rentabilidade atraente sugere espaço para uma maior expansão múltipla à medida que o sentimento melhora”, disse o banco.

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