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Meloni completa três anos de governo com popularidade em alta
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Meloni completa três anos de governo com popularidade em alta 

Indo na contramão de outros líderes da Europa, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, completou três anos de governo nesta semana com uma popularidade em alta dentro e fora do país.

Pesquisas recentes apontam que sua aprovação deu um salto desde 2022, o mesmo sucesso se seguiu com sua gestão conservadora e seu partido, o Irmãos da Itália. Atualmente, a aprovação de sua administração fica na média de 47%, número significativo em um momento de fortes incertezas e queda de confiança dos europeus em suas autoridades.

De acordo com o site italiano especializado em pesquisas eleitorais Pagella Politica, se as eleições fossem realizadas em agosto deste ano, a coalizão conservadora teria quase 50% dos votos, quatro pontos a mais do que há três anos, quando foi eleita. Tamanha a popularidade que em três eleições regionais nas últimas semanas, o partido de Meloni aumentou seu apoio até mesmo em um bastião da esquerda, a Toscana.

A governante se consolidou como uma das líderes mais influentes e estáveis do continente, enquanto países vizinhos, como França e Alemanha, se afundavam em crises.

Estabilidade política e redução de gastos públicos são marcas de seu governo

Uma das principais marcas do governo da italiana que gerou esses resultados é a estabilidade política interna.

Sua gestão é considerada a terceira mais longa da República, superada por enquanto apenas por dois mandatos do ex-premiê de direita Silvio Berlusconi. Desde a fundação da República na Itália, em 1946 no pós-guerra, 68 governos foram empossados, o que representa quase uma mudança de governo a cada ano. Isso agora parece estar mudando com Meloni.

Nos três anos de governo, a primeira-ministra conseguiu melhorar os índices econômicos do país, que ainda enfrenta uma dívida excessiva com a União Europeia (UE), mas tem conseguido reduzi-la a cada ano. Atualmente, o débito equivale a 135% do PIB, mas a abordagem mais cautelosa de gastos públicos liderada por Meloni tem contribuído com um maior equilíbrio das contas nacionais.

As previsões trienais do Ministro da Economia, Giancarlo Giorgetti, que são usadas para elaborar o Orçamento Federal, indicam que a economia italiana crescerá ligeiramente nos próximos anos: o PIB aumentará 0,7% em 2026, 0,8% em 2027 e 0,5% em 2028. Enquanto isso, o governo continuará sua trajetória de redução do déficit público, que cairá de 2,8% do PIB em 2026 para 2,3% ao final do triênio, segundo as projeções.

Durante uma coletiva recente em Florença, a premiê italiana reconheceu que “não faz milagres”, mas insistiu que “as coisas estão melhorando” para o país.

Seu governo aprovou neste mês o Orçamento Geral da União para 2026, que inclui € 18,7 bilhões em ajuda às famílias e à saúde. Segundo a própria Meloni, a lei orçamentária se concentra nas principais prioridades de sua gestão: apoio às famílias e à natalidade, redução de impostos, melhorar o poder de compra dos italianos e investir na saúde.

A primeira-ministra também anunciou o aumento de gastos com defesa, em linha com as exigências da Otan e de seu aliado americano, Donald Trump, que estabeleceu uma meta de 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Ela espera que isso possa ser financiado principalmente por meio de cortes nos gastos ministeriais.

Outro sucesso interno, segundo promove o governo conservador, é a redução da chegada de imigrantes por suas fronteiras, uma de suas principais promessas de campanha em 2022. Em contrapartida à redução da imigração irregular, o governo aumentou o número de vistos para trabalhadores legais não pertencentes à União Europeia.

Uma das questões mais graves que afeta o país atualmente é a baixa taxa de natalidade, uma tendência vista em toda a Europa nas últimas décadas. No ano passado, a Itália registrou uma queda histórica na natalidade, com 369.944 nascimentos anuais, uma redução de 2,5% em relação a 2023.

Premiê da Itália se destaca como aliada de Trump e apoiadora de Israel

Essa estabilidade política e o ainda tímido crescimento econômico têm gerado um notoriedade de Meloni no cenário internacional, tornando-a uma das principais aliadas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chamou a italiana recentemente de “política de sucesso”.

A primeira-ministra também assumiu uma postura pró-Ucrânia desde a invasão russa em 2022, apesar de ter reiterado que não enviará tropas ao país do leste europeu. A italiana também manteve seu apoio a Israel desde os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023, apesar de uma pressão popular crescente para encerrar parcerias com o país do Oriente Médio.

O presidente dos EUA, Donald Trump, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, na Casa Branca, em abril. Crédito: EFE/EPA/CHRIS KLEPONIS / POOL (Foto: EFE/EPA/CHRIS KLEPONIS / POOL)

Apesar do apoio a Israel, ela defende a criação de um Estado palestino, desde que os terroristas do Hamas não tenham qualquer papel na transição de Gaza. Ainda sobre a questão, ela afirmou que está disposta a participar “de uma possível Força Internacional de Estabilização e a continuar apoiando a Autoridade Nacional Palestina no treinamento de suas forças policiais e no fortalecimento de sua capacidade operacional”.

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