O Brasil ganhou destaque em jornais no exterior nesta terça-feira (28) com a megaoperação policial que já deixou mais de 80 presos em redutos do Comando Vermelho (CV), na zona norte do Rio de Janeiro.
Além das prisões, a mobilização sem precedentes na cidade brasileira deixou até o momento mais de 60 mortos, sendo quatro policiais, de acordo com dados oficiais.
A agência de notícias britânica Reuters noticiou o caso destacando a operação em larga escala contra o crime organizado no Brasil e a proximidade com a chegada de lideranças mundiais para eventos relacionados à cúpula climática da ONU (Cop30).
A megaoperação envolveu 2.500 policiais e 32 veículos blindados, que foram mobilizados nas comunidades do Alemão e da penha, onde estão localizados os “chefões” do CV, segundo o governo do Rio de Janeiro.
O jornal Clarín, assim como os jornais brasileiros, deu destaque para as “cenas de guerra” presentes na megaoperação desta terça-feira no Rio de Janeiro. A publicação argentina detalhou que os traficantes responderam à mobilização policial com tiros e ataques de drones a partir das comunidades.
O Clarín também destacou a prisão de membros do alto escalão do CV, como Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão do Quitungo, e Nicolas Fernandes Soares, identificado como agente financeiro de um dos principais dirigentes do grupo, Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca” ou “Urso”.
O jornal britânico Guardian chamou esta terça-feira de “o pior dia de violência da história” do Rio de Janeiro, marcado pela megaoperação policial contra um dos grupos do crime organizado “mais poderosos” do Brasil.
A reportagem destacou uma declaração do governador Cláudio Castro, dizendo que o estado estava em “guerra” contra os criminosos. “Isso não é mais um crime comum, é narcoterrorismo”, disse o político.
O Guardian informou ainda sobre a apreensão de pelo menos 40 rifles automáticos, um sinal do poderoso arsenal que os traficantes de drogas do Rio adquiriram desde a década de 1980, segundo a reportagem.
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