O ditador Nicolás Maduro disse nesta segunda-feira (11) que “mais cedo ou mais tarde” a região de Essequibo, que pertence à Guiana, será da Venezuela. O território, de cerca de 160 mil km² e rico em recursos minerais, é alvo de disputa entre os dois países há mais de um século.
“O milagre da recuperação completa de Essequibo vamos ver mais cedo ou mais tarde, façam a manobra que fizer ExxonMobil, imperialismo e a Corte Internacional [de Justiça, CIJ]”, afirmou Maduro em seu programa semanal transmitido pela emissora estatal VTV.
O líder do regime chavista voltou a declarar que não reconhecerá qualquer decisão da CIJ no processo aberto a pedido da Guiana, que busca solucionar a questão territorial com base no Laudo Arbitral de Paris de 1899 – documento que atribuiu a soberania do território à então Guiana Britânica.
“Nós não reconhecemos esse julgamento, não reconhecemos nenhuma decisão que saia de lá. É espúria, vai contra os regulamentos da própria Corte Internacional de Justiça”, disse Maduro. Segundo ele, a ditadura venezuelana apresentou ao tribunal um novo documento que conteria a “verdade histórica” dos direitos do país sobre a região.
A Venezuela considera o laudo de 1899 nulo e reivindica Essequibo com base no Acordo de Genebra de 1966, assinado com o Reino Unido, que previa negociações para solucionar a disputa – processo que nunca foi concluído.
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