O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, decidiu cancelar nesta semana uma entrevista que havia sido agendada com o programa “60 Minutes”, da emissora americana CBS News.
Segundo o regime venezuelano, a conversa – que ocorreria em um hotel de Caracas – foi suspensa por determinação do ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, que alegou que “já não era seguro” realizar o encontro.
A CBS News disse que recebeu a notícia com surpresa, uma vez que negociou por meses a entrevista com o ditador venezuelano. A produção do programa informou que a própria equipe de Maduro havia escolhido o local e o horário da gravação.
O episódio ocorre em meio à escalada de tensão entre Caracas e Washington. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou recentemente uma série de ataques contra embarcações no Caribe e no Pacífico, como parte de uma nova ofensiva contra o narcotráfico internacional. Segundo o Exército americano, ao menos dez embarcações já foram afundadas desde setembro, com 43 narcotraficantes a bordo.
A Casa Branca afirma que as ações visam impedir a chegada de drogas ao território americano e cortar o financiamento de redes criminosas ligadas a regimes autoritários, como o de Maduro, na América Latina.
Recentemente, o senador republicano Lindsey Graham afirmou que Trump deve comunicar oficialmente uma expansão das operações, possivelmente incluindo ações terrestres na Venezuela e na Colômbia.
“O presidente está determinado a eliminar as rotas do narcotráfico que sustentam governos corruptos”, disse Graham.
Fique conectado