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M. Dias Branco (MDIA3) dispara 10% na abertura após resultado surpreendente no 2T
Economia

M. Dias Branco (MDIA3) dispara 10% na abertura após resultado surpreendente no 2T 

As ações M. Dias Branco (MDIA3), fabricante de massas e biscoitos, operam com forte valorização nesta segunda-feira (11), com investidores reagindo positivamente ao balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25). Às 10h22, o papel da companhia subia 10,23%, a R$ 26,82.

A XP Investimentos avaliou que a M. Dias Branco reportou resultados acima das expectativas, com EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e lucro por ação (EPS) 29% e 59% superiores às projeções da casa, respectivamente. A maior parte do desempenho positivo foi atribuída a uma diluição das despesas de venda maior do que a prevista, que representou 17,5% da receita, ante a estimativa de 19,0%.

Além da melhora na margem operacional, o EPS também foi beneficiado por uma alíquota efetiva de imposto significativamente menor, cerca de 2,0% no primeiro semestre de 2025, contra 15% estimados pela XP. A instituição indicou que esse ponto será detalhado na teleconferência de resultados.

Embora não espere que o resultado surpreendente provoque uma reclassificação expressiva da ação, a XP acredita que a maior diluição de custos e a menor alíquota efetiva de imposto podem atuar como gatilhos para revisões positivas dos lucros, possivelmente resultando em reação favorável do mercado na próxima sessão.

O BTG Pactual também destacou que a M. Dias Branco reportou números acima das suas estimativas, impulsionando a expectativa de uma revisão positiva para o ano. O EBITDA ajustado atingiu R$ 341 milhões, superando as estimativas em 23% e apresentando crescimento de 9% na comparação anual, com margem de 12,5%, 180 pontos base acima da estimativa e 70 pontos base a mais que no 2T24.

As vendas somaram R$ 2,7 bilhões, 5% acima do esperado e 4% superiores ao mesmo período do ano anterior, apesar de uma queda de 10% no volume. O lucro líquido foi de R$ 216 milhões, com alta de 14% em relação ao 2T24.

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O BTG destacou que a margem foi favorecida por aumentos de preço de 15% ano a ano, maiores incentivos fiscais — que representaram 5% das vendas — e redução nas despesas com SG&A, especialmente frete e marketing. A instituição ressaltou que a empresa tem buscado recuperar a boa performance anterior à aquisição da Piraquê, em 2018, investindo em frota própria e vendas diretas, o que eleva a eficiência mesmo diante da queda no volume.

O banco revisou o guidance da companhia, elevando o preço-alvo para R$ 28, ante R$ 25, e manteve recomendação neutra. O cenário macroeconômico favorável, câmbio forte e preços benignos das commodities sustentam as margens no segundo semestre de 2025.

Contudo, o BTG alertou para a falta de consistência na execução e incertezas quanto ao crescimento de longo prazo, que mantêm uma postura cautelosa. A ação negocia a 10 vezes o preço/lucro projetado para 2025 e 1 vez o preço/valor patrimonial, múltiplos considerados atrativos, mas que dependem da melhora do retorno sobre patrimônio (ROE) e da retomada do crescimento.

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A Genial Investimentos, por sua vez, avaliou que o balanço reforça que a M. Dias Branco segue na direção correta para recompor margens, apoiada por um cenário macroeconômico mais favorável, mas ainda insuficiente para caracterizar um ponto de inflexão definitivo. O avanço em eficiência, disciplina de preços e execução comercial foi considerado inegável, assim como o progresso no canal food service (B2B) e na digitalização de processos, com destaque para a implementação do SAP e iniciativas de inteligência artificial.

Por outro lado, a Genial apontou que a lenta retomada de participação de mercado e a concentração do portfólio em produtos básicos impõem cautela, especialmente diante de uma concorrência intensa nos segmentos de menor valor agregado. Com o papel negociando a cerca de 16 vezes o preço/lucro projetado para 2025, a casa vê um balanço equilibrado entre riscos e oportunidades.

Segundo a instituição, a sólida estrutura de capital e a consistente geração de caixa sustentam a resiliência da companhia, mas a materialização de volumes mais rentáveis e de um mix de produtos superior no segundo semestre de 2025 será determinante para uma reavaliação mais construtiva da tese. A Genial manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 26.

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