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Juros futuros caem em linha com Treasuries e recuperação de ativos brasileiros
Economia

Juros futuros caem em linha com Treasuries e recuperação de ativos brasileiros 

As taxas dos DIs recuaram pela segunda sessão seguida nesta segunda-feira, com as taxas futuras mais uma vez acompanhando o movimento dos rendimentos dos Treasuries, conforme os investidores consolidavam apostas de que o Federal Reserve terá espaço para cortar a taxa de juros em setembro.

No fim da tarde, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2027 estava em 14,16%, ante o ajuste de 14,196% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2028 marcava 13,44%, ante o ajuste de 13,516%.

Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 13,56%, em baixa de 10 pontos-base ante 13,66% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 13,69%, em queda de 9 pontos ante 13,785%.

Por mais um pregão, os mercados globais de títulos reagiram aos dados de emprego fracos dos Estados Unidos divulgados na sexta-feira, com uma criação de postos de trabalho abaixo do esperado em julho e revisões acentuadas para os dois meses anteriores.

Os números da semana passada têm feito operadores reavaliarem suas projeções sobre o futuro da política monetária do banco central dos EUA, passando a ver agora mais de 90% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa já no próximo encontro do Fed, em setembro.

Uma retomada do afrouxamento da política monetária pelo Fed seria um impulso para quedas de juros em outros locais, o que explicava os recuos nas taxas de juros futuras em mercados como Europa e Brasil.

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Essa percepção ainda era fomentada pela renúncia inesperada na semana passada da diretora do Fed Adriana Kugler, que permitirá que o presidente dos EUA, Donald Trump, nomeie imediatamente um membro para a diretoria mais alinhado ao seu desejo de cortar os juros.

“Juros em queda desde cedo, 100% alinhados com os Treasuries. Os vencimentos de longo prazo estão com quedas acentuadas, acho que voltou com força a expectativa de corte lá fora, principalmente com a mudança na diretoria do Fed”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

O rendimento do Treasury de dois anos — que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo — tinha queda de 1 ponto-base, a 3,692%.

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Outro ponto de atenção no mercado nacional continua sendo o impasse comercial entre Brasil e EUA, depois que Trump oficializou a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros na última quarta-feira, mas excluiu uma série de setores da taxa.

As isenções anunciadas pelos EUA têm permitido uma recuperação ampla dos ativos brasileiros, que vinham acumulando perdas na esteira da ameaça tarifária do presidente norte-americano, o que também influenciava na queda das taxas futuras no Brasil.

A perspectiva para a questão comercial, entretanto, continua sendo vista com cautela, conforme o governo brasileiro ainda busca avançar com negociações para impedir a taxação de produtos que não foram livrados da tarifa de Trump no momento.

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“Ainda tem muita incerteza sobre os próximos passos do ‘tarifaço’. Essa lista de isenções, não há sinal de entendimento ainda sobre o aumento de tarifa para alimentos importantes na pauta de exportação nossa aqui”, afirmou Bergallo.

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