O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou neste domingo (26) que caberá exclusivamente a Israel definir quais países poderão participar da força internacional de paz que atuará em Gaza para garantir o cessar-fogo mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Estamos no controle de nossa segurança, e deixamos claro que Israel determinará quais forças são inaceitáveis para nós. É assim que operamos e continuaremos a operar”, afirmou durante reunião de gabinete em Jerusalém, segundo a agência Reuters.
O governo Trump já descartou o envio de soldados americanos para integrar essa força, mas busca compor o contingente com países muçulmanos e aliados regionais como Egito, Indonésia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Catar e Azerbaijão.
Netanyahu frisou que a posição israelense “é aceita pelos Estados Unidos”, destacando que representantes de alto escalão do governo Trump confirmaram o entendimento de que Israel deve ter a palavra final sobre a presença de tropas estrangeiras no enclave palestino.
Segundo a Reuters e a NBC News, fontes americanas revelaram que diversas nações manifestaram interesse em integrar a operação de paz em Gaza, mas ressaltaram que a participação da Turquia está praticamente descartada devido ao rompimento diplomático com Israel. As relações entre os dois países se deterioraram desde o início das operações de Israel contra o Hamas em Gaza.
O cessar-fogo mediado por Washington entrou em vigor há duas semanas e marca o primeiro passo do plano de reconstrução e desmilitarização do enclave. O principal entrave para o avanço do acordo para a sua segunda fase continua sendo a recusa do grupo terrorista Hamas em se desarmar, exigência central tanto de Israel quanto dos Estados Unidos para a implementação total do acordo.
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