A Jordânia anunciou nesta terça-feira (7) a chegada de 131 ativistas, entre eles vários brasileiros, que estavam detidos em Israel desde o dia 1º, após a interceptação da flotilha Global Sumud rumo à Faixa de Gaza.
O Ministério das Relações Exteriores informou que, entre os que chegaram ao país, estão cidadãos de Brasil, Colômbia, Uruguai, Argentina e México, sem detalhar o número de ativistas de cada lugar. Ao todo, a pasta disse que chegaram 130 ativistas, além de um cidadão jordaniano, através da Ponte Rei Hussein, passagem de fronteira que conecta o reino árabe com a Cisjordânia.
De acordo com o Itamaraty e a assessoria que presta assistência aos ativistas, 13 brasileiros que estavam na flotilha foram deportados nesta terça-feira. Na nota à imprensa, o governo brasileiro disse que diplomatas das embaixadas de Omã e de Tel Aviv receberam os ativistas, que estavam sendo transportados para a capital da Jordânia.
O Itamaraty destacou que o governo forneceu um veículo da embaixada naquele país para o transporte dos ativistas.
Ainda no comunicado, o Brasil voltou a condenar a ação de Israel de interromper a flotilha e de bloquear a entrada em Gaza. Segundo o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a flotilha “tinha caráter pacífico e tentava levar ajuda humanitária à Gaza quando foi interceptada por forças militares de Israel em águas internacionais”.
“O Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio à Gaza por constituir grave violação ao direito internacional humanitário”, diz a nota. Entre os brasileiros deportados estão a deputada federal Luizianne Lins (PT) e a vereadora Mariana Conti (Psol).
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Jordânia, Fuad Majali, afirmou que também chegaram cidadãos de Bahrein, Tunísia, Argélia, Omã, Kuwait, Líbia, Paquistão, Turquia, Austrália, República Tcheca, Japão, Nova Zelândia, Sérvia, África do Sul, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.
O porta-voz explicou que a pasta, em cooperação com as autoridades jordanianas pertinentes, facilitou seu translado e “lhes forneceu a assistência necessária”. Para a operação, detalhou que foi feita uma coordenação com as embaixadas de “países irmãos e amigos para organizar e facilitar a saída de seus cidadãos do reino” da Jordânia.
A flotilha, composta por 42 embarcações que transportavam cerca de 470 pessoas que pretendiam chegar a Gaza com uma carga de ajuda humanitária simbólica, foi interceptada por militares israelenses na semana passada e todos os seus integrantes foram detidos.
Até agora, Israel deportou centenas de ativistas, incluindo a ativista sueca Greta Thunberg, entre os quais estão cidadãos de Espanha, Grécia, Itália, França, Irlanda, Suécia, Polônia, Alemanha, Bulgária, Lituânia, Áustria, Luxemburgo, Finlândia, Dinamarca, Eslováquia, Suíça, Noruega, Reino Unido, Sérvia e Estados Unidos, entre outros países.
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