O Centro Nacional de Medicina Forense de Israel confirmou nesta segunda-feira (3) que os três corpos entregues pelo Hamas à Cruz Vermelha na Faixa de Gaza no domingo correspondem aos reféns Asaf Hamami, coronel do Exército israelense, Omer Maxim Neutra, capitão do Exército, e Oz Daniel, sargento, segundo informou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em comunicado.
“O governo de Israel compartilha a profunda dor das famílias Hamami, Neutra e Daniel e de todas as famílias dos sequestrados mortos”, destaca a nota, que acrescenta que “o Hamas é obrigado a cumprir com as suas obrigações para com os mediadores e repatriá-los” no âmbito do cessar-fogo.
Com a devolução desses três corpos por parte do grupo terrorista, restam oito corpos de reféns israelenses na Faixa de Gaza.
Embora o Hamas não anuncie com antecedência os corpos dos reféns que entrega, neste domingo (2) o grupo divulgou imagens de uma bolsa branca com o nome de Asaf Hamami, bem como de sua carteira de motorista, ao anunciar a entrega dos três corpos.
Hamami tem a patente mais alta, como coronel da Brigada Sul da Divisão de Gaza do Exército, entre os militares assassinados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. Naquele dia, terroristas de Gaza mataram quase 1.200 pessoas e sequestraram outras 251 em território israelense.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia antecipado no domingo a familiares do capitão Neutra que seu corpo foi devolvido. O líder da Casa Branca disse a repórteres a bordo do Air Force One que conversou com os pais de Neutra após a notícia. “Eles estão emocionados, por um lado, mas, por outro, obviamente, não é tão bom assim”, disse.
As Brigadas Al Qassam, braço armado do Hamas, também anunciou ter encontrado no domingo três corpos no sul de Gaza, cuja entrega foi marcada para a tarde desta segunda-feira.
No sábado, a Cruz Vermelha, junto a forças egípcias e membros das Al Qassam, entrou em Beni Suhaila, a leste de Khan Younis (sul), para buscar corpos de reféns. Essa localidade ainda está sob controle do Exército israelense por se encontrar além da Linha Amarela.
A Linha Amarela é a fronteira imaginária até onde o Exército israelense teve que se retirar com a entrada em vigor do cessar-fogo, e todo o território entre esta demarcação e a divisória entre Israel e Gaza – um perímetro de mais de 50% do enclave – segue sob domínio das forças armadas.
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