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Inflação PCE, desemprego, Alckmin, balanços de Amazon, Apple e Vale e mais destaques
Economia

Inflação PCE, desemprego, Alckmin, balanços de Amazon, Apple e Vale e mais destaques 

Esta quinta-feira (31) deve ser marcada por intensa movimentação nos mercados, que ainda repercutem as tarifas impostas pelo governo Donald Trump sobre produtos brasileiros. Na véspera, o decreto oficializou uma sobretaxa de 50% sobre as importações do Brasil para os Estados Unidos, com exceções para aeronaves civis e peças de avião, além de produtos como suco de laranja, castanha, metais e derivados de petróleo.

O anúncio provocou forte volatilidade, com o dólar oscilando entre R$ 5,617 e R$ 5,536, enquanto o índice Ibovespa, principal indicador da Bolsa brasileira, terminou o dia em alta de 0,93%, aos 133.972 pontos, apoiado pela valorização das ações da Embraer (EMBR3), que subiram mais de 10%.

Investidores também devem repercutir as decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter as taxas de juros inalteradas na véspera. Na agenda econômica, o Brasil divulga dados relevantes para junho, como o resultado primário às 8h30 e a taxa de desemprego às 9h.

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Nos Estados Unidos, às 9h30, serão conhecidos o índice de preços de despesas com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), indicador-chave da inflação, o número semanal de pedidos de auxílio-desemprego e os dados sobre exportação de grãos. Esses indicadores podem influenciar as expectativas para a política monetária norte-americana e o comportamento do dólar.

Além das informações econômicas, investidores devem observar os resultados financeiros que chegam ao mercado nesta quinta-feira. Antes da abertura, a Ambev (ABEV3) divulga seus números, enquanto após o fechamento, empresas como Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4), Metalúrgica Gerdau (GOAU4), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) apresentam seus balanços. Também estão programadas as divulgações do Mercado Livre (MELI34), Irani (RANI3) e Marcopolo (POMO4).

Entre as grandes empresas globais, após os resultados robustos de Meta (META) e Microsoft (MSFT) na véspera, é a vez de Amazon (AMZO34) e Apple (AAPL34) divulgarem seus balanços nesta quinta-feira, evento que deve agitar os mercados internacionais.

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Agenda

Às 10h35, o vice-presidente Geraldo Alckmin participa ao vivo do programa da Ana Maria Braga (TV Globo).

Às 9h30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne, no Palácio do Planalto, com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. Em seguida, às 10h30, participa de encontro com o ministro da Casa Civil, Rui Costa. À tarde, às 14h40, Lula se reúne com o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Por fim, às 15h, recebe o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Marco Aurélio Marcola, e o chefe do Gabinete Adjunto de Agenda, Oswaldo Malatesta.

Brasil

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  • 8h30 –  Resultado primário (junho)
  • 9h  – Taxa de desemprego (junho) 
  • EUA
  • 9h30 – Índice PCE (junho)
  • 9h30 – Auxílio-desemprego (semanal)
  • 9h30 – Exportação de grãos          –

INTERNACIONAL

Tarifas para o Brasil

Donald Trump assinou um decreto que impõe tarifa extra de 40% sobre produtos do Brasil, elevando o total para 50%. A medida entra em vigor em sete dias e isenta setores como alimentos, energia, aviação, entre outros. A Embraer, que preocupava o mercado, ficou fora do tarifaço. O texto acusa o governo brasileiro de ameaçar a segurança dos EUA e menciona diretamente o ministro Alexandre de Moraes.

Trump afirma que o Brasil interfere na economia americana e viola direitos humanos. O decreto prevê novas sanções se houver retaliação e condiciona recuo a um possível alinhamento político.

Setores brasileiros isentos da sobretaxa de 50% anunciada por Donald Trump já planejam retomar exportações aos EUA, como petróleo e aviões. A exceção trouxe alívio a segmentos estratégicos, mas indústrias como plástico, têxtil, máquinas e calçados preveem perdas bilionárias e desafios.

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Legalidade

A legalidade das tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil e outros países será decidida pela Justiça dos EUA, mas a decisão final deve demorar. Apesar de fundamentos jurídicos contra as sobretaxas, o tema envolve questões políticas complexas que influenciam os tribunais.

Nesta quinta-feira (31), haverá audiência para avaliar ação de importadores contra as tarifas cuja base legal é a Lei Ieepa, considerada questionável por especialistas. Mesmo que essa lei seja invalidada, o governo americano pode usar outras legislações para manter as sobretaxas.

A Suprema Corte dos EUA pode só julgar o caso em 2026, e as tarifas provavelmente continuarão vigentes até lá. Além disso, há investigação comercial em curso sobre práticas brasileiras, que pode justificar futuras tarifas.

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Alerta

Trump também alertou que poderá aumentar ainda mais as tarifas sobre produtos brasileiros caso o Brasil adote medidas de retaliação. A ameaça está registrada no decreto que oficializou a taxa de 50% sobre as exportações brasileiras e prevê ajustes “para garantir a eficácia das medidas”. O texto também abre espaço para flexibilização das punições, desde que haja aproximação política entre os dois países.

Sanções

Para além das tarifas, Trump sancionou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, com sanções financeiras pela Lei Magnitsky, que combate o que, por lá, se considera grave violação de direitos humanos. A decisão congela bens de Moraes nos EUA e pode bloquear operações financeiras em dólares, afetando até cartões de crédito. Marco Rubio, secretário de Estado, acusa Moraes de abusos e censura contra críticos políticos e liberdade de expressão. A medida foi motivada por pressão de aliados de Eduardo Bolsonaro em Washington.

Monitoramento

Trump mobilizou várias agências federais para monitorar a crise diplomática com o Brasil, designando o Departamento de Estado como coordenador, segundo informações do site Poder 360. O decreto assinado ontem envolve também o Tesouro, Comércio, Segurança Interna, USTR, Conselho de Segurança Nacional e assessores presidenciais. Essas autoridades devem propor novas medidas caso o Brasil retalie ou as sanções atuais não sejam suficientes. O objetivo é garantir a eficácia das ações e proteger os interesses dos EUA e suas empresas. A operação integra esforços para enfrentar o que Washington chama de “ameaça extraordinária”.

Coreia do Sul

Na noite de quarta-feira, o presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos fecharam um acordo comercial com a Coreia do Sul, estabelecendo tarifas de 15% — abaixo dos 25% que ele havia ameaçado aplicar em carta enviada a Seul no início deste mês. O anúncio foi feito às vésperas do prazo final para a imposição das tarifas, que vence nesta sexta-feira.

Decisão do Fed

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve as taxas de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano pela quinta vez consecutiva, contrariando os apelos de Donald Trump por cortes. O banco central americano destacou a incerteza econômica, especialmente sobre o impacto das tarifas comerciais, e ressaltou a inflação ainda elevada. Apesar do crescimento econômico de 3% no segundo trimestre, o Fed segue cauteloso e monitorará dados futuros.

ECONOMIA

Decisão do Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, interrompendo o ciclo de alta. A decisão, unânime e esperada pelo mercado, reflete cautela diante das tarifas comerciais dos EUA e da incerteza externa, além da política fiscal interna. O Copom indicou que os juros permanecerão no atual patamar até que se avaliem os efeitos do ajuste já realizado. A expectativa é que a Selic fique estável até 2026, com reuniões previstas para setembro, novembro e dezembro. Com a decisão, o Brasil segue com o 2º maior juro real do mundo.

Carnes

Com a confirmação da tarifa de 50% sobre a carne bovina, o setor intensificou as articulações com o governo. O presidente da Abiec, Roberto Perosa, se reuniu com Geraldo Alckmin na quarta (30). A medida afeta um dos principais produtos da pauta de exportações brasileiras aos EUA. Em três meses, os embarques caíram 80%, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Plano de ação

O governo brasileiro tem pronto um plano para amenizar os efeitos do tarifaço imposto pelos EUA, segundo o secretário do Tesouro, Rogério Ceron. A estratégia deve incluir medidas de crédito e será calibrada conforme o impacto em cada setor. O pacote ainda está sendo refinado e depende do aval do presidente Lula. Ceron afirmou que a resposta será racional e proporcional, como no caso das enchentes no RS.

POLÍTICA

20 vezes melhor

Em entrevista ao The New York Times, o presidente Lula (PT) afirmou que, se Donald Trump o conhecesse, veria que ele é “20 vezes melhor” que Jair Bolsonaro (PL), a quem o republicano apoia. Lula criticou a influência de Trump na política brasileira e disse que não teme a tarifa de 50% que entra em vigor nesta sexta (1º), embora veja com preocupação. Comparou a tensão atual ao “bug do milênio”, dizendo que é preciso esperar o “dia D” para saber o real impacto.

Reunião de emergência

Lula convocou reunião de emergência no Palácio do Planalto para discutir o tarifaço de 50% imposto pelos EUA sobre produtos brasileiros. O encontro, que aconteceu na tarde de quarta-feira (30), reuniu ministros da Fazenda, Casa Civil, Relações Institucionais e Advocacia-Geral, além do vice-presidente Geraldo Alckmin.

A pauta incluiu avaliação dos impactos econômicos e medidas para diminuir os efeitos sobre setores exportadores e empregos. O chanceler Mauro Vieira será representado por secretários do Itamaraty, já que está em viagem aos EUA. O governo prepara um levantamento detalhado sobre os impactos da tarifa, que entra em vigor em sete dias. Lula afirmou que acompanha o caso com preocupação, mas sem temor.

Despreocupado

O ministro do STF Alexandre de Moraes, alvo das sanções dos EUA, prepara resposta para a sessão do Supremo nesta sexta-feira (1º). Para interlocutores, Moraes diz que nada mudou com a sanção que sofreu do presidente Donald Trump, já que não possui contas, investimentos nem outros bens em solo americano e, portanto, está despreocupado. Ontem à noite, após as sanções, Moraes foi ao estádio assistir ao jogo entre Corinthians e Palmeiras, na Neo Química Arena, em Brasília.

Resposta do STF

O STF manifestou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes após as sanções dos EUA. A Corte afirmou que o julgamento de crimes contra a democracia é competência exclusiva da Justiça brasileira e seguirá cumprindo a Constituição sem recuar. O tribunal garantiu o devido processo legal e julgamento justo a todos os envolvidos na investigação. Mesmo diante das ameaças, o STF reafirma seu compromisso com o Estado de Direito.

O que eles pensam

  • A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) classificou como “arrogante e violenta” a sanção dos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes, chamando-a de mais um capítulo da “traição da família Bolsonaro” ao Brasil. Ela manifestou solidariedade ao ministro e repúdio total do governo Lula à medida. A sanção inclui o congelamento de bens e proibição de operações financeiras nos EUA. Gleisi reforçou que nenhuma nação pode interferir no Poder Judiciário brasileiro.
  • O advogado-geral da União, Jorge Messias, por outro lado, declarou que o Brasil não deve se curvar às sanções financeiras aplicadas pelos Estados Unidos contra Moraes, classificando-as como arbitrárias e injustificáveis. Messias afirmou que medidas adequadas serão tomadas para proteger a soberania e a autonomia do Judiciário brasileiro, sem detalhar quais ações serão adotadas.
  • Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um vídeo agradecendo ao presidente Donald Trump e ao secretário de Estado Marco Rubio pelas sanções aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes. Ele afirmou ter “sensação de missão cumprida”, mas ressaltou que “existem várias outras batalhas adiante”. Eduardo classificou as ações de Moraes como “tirania” e afirmou que cabe aos brasileiros “manter nossas liberdades”.

Na mira

O deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE) apresentou à Procuradoria-Geral da República uma representação contra Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) por improbidade administrativa. A denúncia aponta que Eduardo incentivou o tarifaço de Trump contra o Brasil, agindo em desacordo com a posição oficial do governo e causando prejuízos econômicos. Gadêlha também acusa o deputado de tentar boicotar uma missão oficial de senadores aos EUA e sugere que ele pode ter se beneficiado financeiramente com operações suspeitas. Caso comprovado, essas ações violariam deveres funcionais e colocariam em risco a segurança institucional.

Interrogada

A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), presa em Roma após quase dois meses foragida, será interrogada nesta sexta-feira (1º) para validar sua prisão. Durante a audiência, ela poderá optar por ser enviada voluntariamente ao Brasil ou resistir à extradição, situação que determinará medidas cautelares a serem cumpridas na Itália. O processo formal de extradição terá início após a decisão do juiz, podendo durar entre um e dois anos. A decisão final envolverá aspectos técnicos do Judiciário italiano e fatores políticos entre Brasil e Itália, podendo influenciar a entrega ou não da deputada.

Corporativo

Bradesco (BBDC4)

O Bradesco (BBDC4) divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25) com lucro líquido recorrente de R$ 6,1 bilhões no período, alta de 28,6% em relação ao mesmo período do ano passado. As projeções compiladas pela LSEG apontavam lucro de R$5,95 bilhões.

(Com Reuters e Estadão)

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