O Ibovespa Futuro opera em queda nesta quinta-feira (24), com investidores locais adotando uma postura mais cautelosa diante da proximidade do prazo para o início das tarifas dos Estados Unidos sobre produtos importados do Brasil, ainda sem um acordo firmado entre os países. Às 9h04 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em agosto recuava 0,71%, aos 135.420 pontos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta que as novas tarifas comerciais dos EUA terão alíquota mínima de 15% e poderão chegar a 50%, indicando que poderá confirmar a aplicação da taxa máxima ao Brasil, o único país sujeito a essa alíquota entre os que receberam cartas da Casa Branca nas últimas semanas. A medida está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.
Neste sentido, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem ser possível chegar ao dia 1º “com alguma possibilidade de acordo” e, juntamente com outros Ministros, encomendou cenários para fazer frente à imposição de tarifas.

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Além disso, Trump fará às 17h (horário de Brasília) uma visita oficial ao Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), informou a Casa Branca. A ida ao Fed, a primeira de um presidente americano em quase duas décadas, ocorre em meio à escalada de pressão de Trump sobre o presidente do BC, Jerome Powell.
Na frente de dados, os destaques nos EUA serão a divulgação de números de pedidos iniciais de auxílio-desemprego, às 9h30, e as pesquisas PMI da S&P Global para o setor industrial e de serviços, ambas às 10h45.
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Na cena doméstica, o mercado nacional vai monitorar dados de arrecadação federal para junho, a serem publicados pela Receita Federal às 10h30, e os resultados trimestrais da Multiplan (MULT3) após o fechamento dos mercados.
Em Wall Street, o Dow Jones Futuro recuava 0,38%, o S&P Futuro subia 0,12% e o Nasdaq Futuro tinha alta de 0,34%.
Ibovespa, dólar e mercado externo
O dólar à vista subia 0,05%, cotado a R$ 5,526 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento avançava 0,14%, aos 5.530 pontos.
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As bolsas da Ásia-Pacífico encerraram o pregão em alta, em sua maioria, refletindo o otimismo dos investidores diante dos avanços comerciais entre Estados Unidos e Japão e dos sinais favoráveis para um possível acordo com a União Europeia.
Os mercados europeus operam em alta, impulsionados pela expectativa de que os EUA e a União Europeia possam estar se aproximando de um acordo comercial. As ações regionais subiram ontem, após o Financial Times noticiar que os dois grandes parceiros comerciais estavam se aproximando de um acordo tarifário de 15%.
O otimismo de que um acordo estava próximo aumentou depois que Donald Trump anunciou que havia concluído um “ grande acordo ” com o Japão e sugeriu que a Europa poderia ser a próxima.
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Na frente de política monetária, espera-se que o Banco Central Europeu mantenha as taxas de juros inalteradas enquanto avalia o cenário de tarifas comerciais.
Os preços do petróleo sobem subiram na quinta, impulsionados pelo otimismo em relação às negociações comerciais dos EUA, que aliviariam a pressão sobre a economia global, e por um declínio mais acentuado do que o esperado nos estoques de petróleo bruto dos EUA.
As cotações do minério de ferro na China, por sua vez, fecharam em baixa, pressionadas pelo aumento da oferta da mineradora Vale e pelo maiores estoques de aço nas usinas chinesas.
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(Com Reuters)
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