IBC-Br, IOF, inflação nos EUA e Livro Bege serão foco

Na semana passada, para além dos indicadores divulgados, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil e a ata do Federal Open Market Comittee (FOMC) do Federal Reserve nos EUA, os olhadores do mercado se voltaram para o tarifaço anunciado por Donald Trump, presidente dos EUA.

A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada no fim da tarde de quarta-feira (9) dominou discussões do mercado e contribuiu para uma semana de perdas do Ibovespa e reversão da trajetória de queda do dólar. Com poucos destaques na agência doméstica, é possível que as atenções sigam nos desdobramentos do tarifaço, que entraria em vigor em 1º de agosto.

Destaques domésticos: IBC-Br e audiência sobre IOF

A agenda doméstica da semana começa movimentada, com destaque para o IBC-Br de maio, que será divulgado na segunda-feira (14) e costuma ser interpretado como uma prévia do PIB.

]No mesmo dia, saem a Sondagem do Mercado de Trabalho e os dados de comércio exterior via ICOMEX da FGV. A semana segue com a divulgação do IPC-S da 2ª quadrissemana de julho, o fluxo cambial e o IGP-10 de julho, todos contribuindo para a leitura de preços no curto prazo.

Na sexta-feira (18), os olhos se voltam para a Sondagem Industrial da CNI, que trará informações sobre o desempenho e o humor do setor manufatureiro em junho. A semana também reserva um evento institucional de relevância: a audiência de conciliação no STF entre governo federal e Congresso Nacional para tratar da tributação do IOF.

No calendário corporativo, a safra de resultados já dá as caras nessa terça-feira, com a divulgação de Romi (ROMI3).

Confira o calendário de resultados do 2º trimestre de 2025 da Bolsa brasileira

Cenário internacional: inflação dos EUA e crescimento da China

Nos Estados Unidos, a semana será decisiva para os mercados, com um bloco robusto de indicadores que inclui os índices de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) de junho, além dos dados de vendas no varejo, produção industrial e estoques.

O Livro Bege do Fed, que será divulgado na quarta-feira (17), deve oferecer pistas qualitativas sobre a atividade econômica nas diferentes regiões do país. Os investidores também acompanharão as leituras sobre mercado de trabalho, construção de novas moradias e a confiança do consumidor da Universidade de Michigan, que fecha a semana. A convergência desses dados será essencial para definir as expectativas em torno de cortes de juros pelo Fed nos próximos meses.

Na China, o foco estará na divulgação do PIB do segundo trimestre, junto de uma série de dados de junho que incluem produção industrial, vendas no varejo, desemprego e balança comercial. Esses números serão observados com atenção, já que a economia chinesa tem mostrado sinais de recuperação desigual, o que pressiona o governo por mais estímulos.

No sábado (19), o banco central chinês (PBoC) anuncia sua decisão sobre as taxas de juros, o que poderá indicar mudanças no rumo da política monetária local.

Na Europa, as divulgações contemplam a inflação ao consumidor (CPI) na zona do euro, Alemanha e Reino Unido, além de dados de produção industrial e balança comercial do bloco.

O índice Zew de percepção econômica alemã, na terça-feira, e os preços ao produtor (PPI) na sexta, também ajudarão a calibrar as expectativas em relação à trajetória de juros do BCE. Já o Japão publica sua balança comercial e os dados de inflação, que servirão como termômetro da atividade em meio à política de estímulos do Banco do Japão.

Confira agenda completa: